Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Emirados Árabes interceptam dois mísseis balísticos em Abu Dhabi, diz Defesa

    Novo possível ataque vem uma semana após investida letal com drones na cidade

    Becky AndersonSarah El SirganyHelen Reganda CNN , Abu Dhabi

    Os Emirados Árabes Unidos afirmam ter interceptado dois mísseis balísticos que miravam sua capital, Abu Dhabi, na manhã de segunda-feira (24), após um ataque de drones letal na cidade há uma semana.

    Em nota, o Ministério da Defesa dos EAU disse que “sua defesa aérea interceptou e destruiu dois mísseis balísticos lançados pelo grupo terrorista Houthi.”

    “O ataque não resultou em baixas, pois os remanescentes dos mísseis interceptados e destruídos caíram em áreas separadas ao redor do Emirado de Abu Dhabi”, disse o comunicado.

    O ministério disse que “está pronto para lidar com qualquer ameaça, e que toma todas as medidas necessárias para proteger o estado de todas as formas de ataque”.

    Às 4h15min na segunda-feira, testemunhas em Abu Dhabi disseram ter ouvido sons de explosões e ter visto o que descreveram como bolas de fogo no céu.

    Diversos voos tiveram a chegada no aeroporto de Abu Dhabi atrasada, de acordo com o site do aeroporto. O site de rastreamento de voos Flightradar24 mostrou que aviões com destino a Abu Dhabi estavam voando em círculos em volta do aeroporto.

    Os mísseis vêm uma semana depois de rebeldes do grupo com base iraniana Houthi terem admitido ser responsáveis pelo ataque perto do aeroporto de Abu Dhabi em 17 de janeiro, que matou ao menos três pessoas e provocou múltiplas explosões na capital. Este foi o primeiro ataque mortal nos Emirados Árabes em anos.

    Um porta-voz dos rebeldes Houthi do Iêmen avisou na época, os “EAU são um estado inseguro enquanto sua escalada agressiva contra o Iêmen continuar”.

    Em resposta ao ataque, a coalizão liderada pelos sauditas que luta no Iêmen lançou ataques aéreos na capital iemenita, Saana, matando ao menos 12 pessoas no bombardeio mais mortal na cidade desde 2019.

    Em 21 de janeiro, pelo menos 82 pessoas foram mortas e 266 feridas quando um ataque aéreo atingiu um centro de detenção no Iêmen, de acordo com o ministro da Saúde Houthi, Taha Al-Mitwakel. Um outro ataque aéreo naquele dia atingiu um prédio de telecomunicações na cidade portuária estratégica de Hodeidah, causando um apagão de internet em todo o país.

    Os Houthis culparam a coalização saudita pelos ataques.

    A coalizão liderada pelos sauditas negou ter mirado deliberadamente o centro de detenção, com seu porta-voz Brig. Gen. Turki Al-Maliki chamando as acusações de "sem base e infundadas", de acordo com a agência estatal de notícias saudita SPA.

    A coalizão disse que atingiu Hodeidah, derrubando "um dos centros [dos Houthi] de pirataria marítima e crime organizado".

    A coalizão também afirmou ter atacado "alvos militares" em Sanaa.

    Os Emirados Árabes Unidos são grandes parceiros da coalizão que está lutando em uma campanha militar de seis anos liderada pelos sauditas para reprimir os rebeldes Houthi, com base no Irã, que controlam grande parte do Iêmen.

    A ofensiva começou em 2015 para restaurar o governo internacionalmente reconhecido do Iêmen, depois que ele foi deposto pelos Houthis.

    A coalizão intensificou suas ações na nação devastada pela guerra com o advento dos ataques de mísseis e drones em Abu Dhabi na semana passada.

    Em 2019, os EAU retiraram a maior parte de seus combatentes do Iêmen, após considerar internamente que a guerra era invencível. A campanha falhou em dizimar os rebeldes, mas teve um custo humanitário alto, com milhares de iemenitas mortos e desnutridos, além do espalhamento de doenças.

    Mais recentemente, os EAU retornaram ao conflito, apoiando grupos iemenitas em locais estratégicos, como as províncias ricas em petróleo de Shabwa e Marib.

    Tópicos