Emirados revelam informações dos suspeitos de assassinar rabino israelense
Benjamin Netanyahu considerou o crime como "ato terrorista antissemita hediondo"
O ministério do Interior dos Emirados Árabes Unidos (EAU) divulgou nesta segunda-feira (25) uma declaração identificando três usbequistaneses como suspeitos de assassinar um rabino israelense no país.
Segundo informações oficiais, seriam três homens, dois com 28 anos, enquanto o terceiro 33.
Ainda no documento, as autoridades locais afirmaram já ter começado as investigações. Ainda não está claro se os homens foram acusados.
A embaixada do Uzbequistão em Abu Dhabi não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.
No último domingo (24), o corpo do rabino Zvi Kogan, 28, foi encontrado na cidade de Al Ain, nos Emirados Árabes. Kogan foi dado como desaparecido na quinta-feira (21).
Uma autoridade israelense afirmou que o rabino teria sido visto pela última vez em Dubai.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que o crime foi um “ato terrorista antissemita”, enquanto a autoridade israelense disse acreditar que Kogan foi alvo por ser judeu.
O ex-político israelense Ayoob Kara, ao falar com a Reuters, acusou o Irã de estar envolvido. A embaixada do Irã em Abu Dhabi negou a acusação.
Morte do rabino
A morte de Kogan abalou a comunidade judaica dos Emirados Árabes Unidos, a qual grupos judaicos estimam ter milhares de pessoas.
O rabino israelense era residente dos EAU e também cidadão moldavo, segundo autoridades locais.
Por vários anos, ele viveu no país trabalhando com o movimento judeu ortodoxo Chabad, sediado em Nova York, e era envolvido na divulgação da comunidade judaica.
Uma autoridade de Israel disse que agências israelenses estão participando da investigação. O Ministério das Relações Exteriores da Moldávia também afirmou que está em contato com as autoridades dos Emirados Árabes Unidos.
O embaixador dos EAU em Washington, Yousef Al Otaiba, afirmou que o assassinato de Kogan foi um crime contra o país árabe do Golfo, que fica na Península Arábica e do outro lado do Golfo do Irã.
Desde 2020, a comunidade israelense e judaica nos Emirados Árabes Unidos tem se tornado mais visível, a partir do momento em que o país árabe do Golfo estabeleceu laços oficiais com Israel sob um acordo mediado pelos Estados Unidos.
No entanto, israelenses e judeus têm preferido evitar sair em público desde o ataque mortal do Hamas em 7 de outubro de 2023.