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    Equador investiga assassinatos extrajudiciais durante estado de emergência

    Grupos de direitos humanos alertaram que as autoridades não estavam tomando medidas para evitar abusos

    Alexandra ValenciaOliver Griffinda Reuters

    O gabinete do procurador-geral do Equador está investigando oito assassinatos extrajudiciais que teriam ocorrido durante o mais recente estado de emergência do país, após grupos de direitos humanos alertarem que as autoridades não estavam tomando medidas para evitar abusos.

    Pessoas detidas, grupos ativistas locais e famílias das vítimas, têm relatado abusos, incluindo os assassinatos, que supostamente ocorreram durante o estado de emergência entre janeiro e abril.

    O presidente Daniel Noboa declarou a emergência em meio a uma espiral de violência no país andino, que as autoridades atribuem às gangues de traficantes de drogas.

    Com a medida, Noboa colocou milhares de soldados nas ruas e nas prisões. As forças de segurança conduziram mais de 18.000 prisões.

    O gabinete do procurador-geral afirmou que investiga dezenas de acusações de tortura e outros abusos.

    Nem o governo e nem as Forças Armadas responderam aos pedidos de comentários sobre os supostos abusos.

    A repressão no Equador espelha estratégias utilizadas em outros países, especialmente em El Salvador, onde as táticas do presidente Nayib Bukele levaram a uma “alarmante regressão” em termos de direitos humanos, segundo a Anistia Internacional. Bukele nega abusos.

    Noboa defendeu o comportamento das forças de segurança e já havia rechaçado comparações com Bukele.

    “Não vou tolerar que qualquer não-patriota nos diga que estamos violando os direitos de qualquer um quando estamos protegendo os da grande maioria”, disse Noboa, em fevereiro.

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