EUA impõem sanções a funcionários da Autoridade Palestina e da OLP

Departamento de Estado acusou autoridades de minarem compromissos de paz na região

Jennifer Hansler, da CNN
Bandeira palestina  • 14/02/2023REUTERS/Yara Nardi
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O Departamento de Estado dos Estados Unidos está impondo sanções a autoridades da AP (Autoridade Palestina) e da OLP (Organização para a Libertação da Palestina), acusando-as de minar os compromissos com a paz na região.

As sanções, anunciadas em um comunicado nesta quinta-feira (31), negariam vistos para os EUA a autoridades -- que não foram identificadas.

O anúncio foi feito enquanto o enviado especial dos EUA Steve Witkoff está em Israel, e enquanto as negociações diplomáticas no Catar para um cessar-fogo estão paralisadas.

De acordo com a nota, o Departamento de Estado americano informou ao Congresso que a AP e a OLP "não estão cumprindo seus compromissos" sob certas leis.

Eles afirmaram que o descumprimento inclui "tomar medidas para internacionalizar seu conflito com Israel, como por meio do TPI (Tribunal Penal Internacional) e da CIJ( Corte Internacional de Justiça)".

Em novembro de 2024, o TPI emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant por supostos crimes de guerra e crimes contra a humanidade. A CIJ está investigando se Israel está cometendo genocídio na Faixa de Gaza.

O Departamento de Estado dos EUA também pontuou que a OLP e a AP estavam "iniciando e apoiando ações em organizações internacionais que minam e contradizem compromissos anteriores em apoio às Resoluções 242 e 338 do Conselho de Segurança".

O órgão especificou que ambas as organizações continuam "apoiado o terrorismo, incluindo a incitação e a glorificação da violência (especialmente em livros didáticos), e fornecendo pagamentos e benefícios em apoio ao terrorismo a terroristas palestinos e suas famílias".

"É do nosso interesse de segurança nacional impor consequências e responsabilizar a OLP e a AP por não cumprirem seus compromissos e minar as perspectivas de paz", ressaltou o texto.