EUA impõem sanções à gangue Los Choneros, do Equador
Grupo armado é considerado um dos principais responsáveis pela escalada da violência no país sul-americano
Os Estados Unidos impuseram sanções nesta quarta-feira (7) ao grupo criminoso equatoriano Los Choneros e ao seu líder, informou o Departamento do Tesouro dos EUA em comunicado.
“Gangues de tráfico de drogas como Los Choneros, muitas delas com ligações com poderosos cartéis de drogas no México, ameaçam as vidas e os meios de subsistência de comunidades no Equador e em toda a região”, disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian Nelson, no comunicado.
“Apoiamos o Equador na sua luta para combater o tráfico de drogas, conter a proliferação de gangues nas prisões e a violência nas prisões e retomar as suas ruas”, adicionou.
O aumento da violência no Equador se intensificou no mês passado, fazendo com que o presidente Daniel Noboa lançasse uma repressão militar às gangues e um estado de emergência de 60 dias.
As autoridades associaram a gangue Los Choneros a extorsão, assassinato e tráfico de drogas e acusam o grupo de controlar as prisões superlotadas e assoladas pelo crime no Equador.
A ação dos EUA congela quaisquer bens norte-americanos do grupo e do seu líder e geralmente proíbe os americanos de negociar com eles, embora não esteja claro quantos desses bens a gangue possui.
Líder foragido
O Tesouro dos EUA afirmou que Los Choneros está envolvido no tráfico de drogas no Equador desde a década de 1990 e acusou o grupo de ser um dos principais impulsionadores da escalada da violência no país desde 2020.
José Adolfo Macias, o líder da gangue, está foragido desde que desapareceu, em 7 de janeiro, da prisão equatoriana onde cumpria pena de 34 anos por crimes como tráfico de drogas e homicídio.
Noboa declarou estado de emergência por dois meses logo após o desaparecimento de Macias, também conhecido como Fito.
A medida também foi adotada após um ataque por homens armados a uma estação de televisão e a tomada de mais de 200 agentes penitenciários como reféns.