EUA lançam 20º ataque contra barco e matam quatro pessoas no Caribe

Autoridades do governo Trump reconheceram que nem sempre sabem a identidade das pessoas a bordo das embarcações antes de serem alvejadas

Haley Britzky, da CNN
Sequência de imagens mostra 10 ataques realizados pelas Forças Armadas dos EUA contra embarcações supostamente envolvidas no transporte de drogas em águas internacionais, entre 2 de setembro e 29 de outubro.
Sequência de imagens mostra 10 ataques realizados pelas Forças Armadas dos EUA contra embarcações supostamente envolvidas no transporte de drogas em águas internacionais, entre 2 de setembro e 29 de outubro.  • Pete Hegseth/X/Donald Trump/Truth Social via CNN Newsource
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Militares dos Estados Unidos realizaram seu 20º ataque a uma embarcação supostamente envolvida com tráfico de drogas no início desta semana, disse um oficial do Departamento de Defesa americano nesta quinta-feira (13).

“O ataque ocorreu no Caribe e quatro narcoterroristas foram mortos, sem sobreviventes”, confirmou o oficial em um comunicado à CNN.

Autoridades do governo Trump reconheceram que nem sempre sabem a identidade das pessoas a bordo das embarcações antes de serem alvejadas.

O ataque aconteceu na segunda-feira (10), disse a fonte oficial. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, havia anunciado anteriormente dois ataques no domingo, o 18º e o 19º, conduzidos pelas Forças Armadas dos EUA, contra duas embarcações com três pessoas a bordo cada.

Hegseth afirmou em uma publicação no Facebook no dia seguinte que esses ataques mataram todos os seis tripulantes. O 20º ataque foi noticiado primeiramente pela CBS News.

O ataque eleva para 80 o número total de mortos nos ataques militares dos EUA contra supostos barcos de narcotráfico. A CNN noticiou que os militares estão utilizando diversos tipos de caças, drones e helicópteros de ataque para realizar os ataques, em uma campanha que, segundo autoridades, visa interromper o fluxo de drogas para os EUA.

O Departamento de Justiça informou ao Congresso que o governo não precisa de sua aprovação para realizar os ataques, que, segundo alguns especialistas, podem violar as leis americanas e internacionais.

A campanha em curso também começou a gerar tensões com aliados; o Reino Unido suspendeu o compartilhamento de informações com os EUA sobre embarcações suspeitas de tráfico de drogas para evitar cumplicidade nos ataques, informou a CNN esta semana, que o Reino Unido considera ilegais.

O presidente da Colômbia também afirmou esta semana que ordenou ao seu país a suspensão do compartilhamento de informações com os EUA até que os ataques cessem.

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