EUA lançam 20º ataque contra barco e matam quatro pessoas no Caribe
Autoridades do governo Trump reconheceram que nem sempre sabem a identidade das pessoas a bordo das embarcações antes de serem alvejadas

Militares dos Estados Unidos realizaram seu 20º ataque a uma embarcação supostamente envolvida com tráfico de drogas no início desta semana, disse um oficial do Departamento de Defesa americano nesta quinta-feira (13).
“O ataque ocorreu no Caribe e quatro narcoterroristas foram mortos, sem sobreviventes”, confirmou o oficial em um comunicado à CNN.
Autoridades do governo Trump reconheceram que nem sempre sabem a identidade das pessoas a bordo das embarcações antes de serem alvejadas.
O ataque aconteceu na segunda-feira (10), disse a fonte oficial. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, havia anunciado anteriormente dois ataques no domingo, o 18º e o 19º, conduzidos pelas Forças Armadas dos EUA, contra duas embarcações com três pessoas a bordo cada.
Hegseth afirmou em uma publicação no Facebook no dia seguinte que esses ataques mataram todos os seis tripulantes. O 20º ataque foi noticiado primeiramente pela CBS News.
O ataque eleva para 80 o número total de mortos nos ataques militares dos EUA contra supostos barcos de narcotráfico. A CNN noticiou que os militares estão utilizando diversos tipos de caças, drones e helicópteros de ataque para realizar os ataques, em uma campanha que, segundo autoridades, visa interromper o fluxo de drogas para os EUA.
O Departamento de Justiça informou ao Congresso que o governo não precisa de sua aprovação para realizar os ataques, que, segundo alguns especialistas, podem violar as leis americanas e internacionais.
A campanha em curso também começou a gerar tensões com aliados; o Reino Unido suspendeu o compartilhamento de informações com os EUA sobre embarcações suspeitas de tráfico de drogas para evitar cumplicidade nos ataques, informou a CNN esta semana, que o Reino Unido considera ilegais.
O presidente da Colômbia também afirmou esta semana que ordenou ao seu país a suspensão do compartilhamento de informações com os EUA até que os ataques cessem.



