EUA refutam comissão da ONU sobre genocídio em Gaza: "Hipocrisia"

Relatório de 72 páginas concluiu que o país cometeu “quatro atos genocidas”; Governo Trump classificou o documento como um erro

Jennifer Hansler, da CNN
Logo do Departamento de Estado dos EUA  • 26/02/2017REUTERS/Joshua Roberts
Compartilhar matéria

O Departamento de Estado dos EUA refutou a conclusão de uma comissão da ONU de que Israel cometeu genocídio em Gaza nesta terça-feira (16).

“Acusar Israel de genocídio é o cúmulo da hipocrisia”, disse um porta-voz do Departamento de Estado quando questionado sobre o relatório recém-divulgado.

“7 de outubro foi um evento genocida realizado por uma organização terrorista com ambições abertamente genocidas”, disse o porta-voz.

O governo Trump tomou medidas agressivas contra aqueles que investigam possíveis crimes de guerra israelenses e impôs sanções a vários juízes do Tribunal Penal Internacional e à Relatora Especial da ONU, Francesca Albanese.

 

Em um relatório de 72 páginas recém-divulgado, a Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU, criada pelo CDH (Conselho de Direitos Humanos da ONU), concluiu que Israel “cometeu quatro atos genocidas” no território palestino desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas realizou ataques mortais contra Israel e o país lançou sua campanha militar.

Esses atos incluem o assassinato de palestinos em Gaza, causando-lhes “graves danos físicos e mentais”, “impondo deliberadamente ao grupo condições de vida calculadas para causar sua destruição física, total ou parcial”, e “impondo medidas destinadas a impedir nascimentos dentro do grupo”, segundo o documento.