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    França afirma que não será refém da política do Reino Unido para imigração

    Relações entre os países pioraram após 27 pessoas morrerem tentando cruzar o Canal da Mancha

    Juliette JabkhiroNoemie Oliveda Reuters

    A França está pronta para uma discussão séria com o Reino Unido sobre questões relacionadas à imigração ilegal, mas não será refém da política interna de Londres, disse o ministro do Interior do país, Gerald Darmanin.

    Os dois países já estão em desacordo sobre as regras comerciais pós-Brexit e direitos de pesca e, na semana passada, as relações azedaram ainda mais depois que 27 pessoas morreram tentando cruzar o Canal da Mancha, que fica entre a França e o Reino Unido.

    O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, escreveu ao presidente Emmanuel Macron definindo cinco passos que os dois países poderiam adotar para impedir que os imigrantes fizessem a perigosa jornada. Um deles – o envio de imigrantes ilegais de volta à França – irritou Paris.

    A França respondeu cancelando um convite à ministra do Interior britânica, Priti Patel, para participar de uma reunião no domingo (28) com seus homólogos europeus para discutir o assunto depois que Johnson publicou a carta no Twitter.

    “O Reino Unido deixou a Europa, mas não o mundo. Precisamos trabalhar seriamente nessas questões … sem sermos refém da política interna britânica”, disse Darmanin a repórteres depois de se encontrar com seus colegas belgas, alemães e holandeses em Calais.

    Ele acrescentou que o tom de Londres em particular não era o mesmo que em público. “A França vem lidando com a questão da imigração ilegal para o Reino Unido há 25 anos e agora é a hora de Londres acordar”, afirmou Darmanin.

    “Se os imigrantes estão vindo para Calais, Dunquerque ou o norte da França, é porque eles são atraídos pela Inglaterra, especialmente pelo mercado de trabalho, o que significa que você pode trabalhar na Inglaterra sem nenhuma identificação”, disse ele.

    “O Reino Unido deve assumir sua responsabilidade e limitar sua atratividade econômica”.

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