G7 resistirá a “qualquer coação” da China sobre o Taiwan, diz autoridade dos EUA
Em meio ao aumento das tensões, grupo busca demonstrar uma frente unificada
Os países do Grupo dos Sete concordam com a necessidade de enfrentar “qualquer coação” chinesa ou esforços para exercer controle no Estreito de Taiwan, disse uma autoridade graduada do Departamento de Estado norte-americano na segunda-feira (17), em meio ao aumento das tensões em torno de Taiwan.
As preocupações sobre o que as nações ricas do G7 veem como uma postura cada vez mais agressiva da China em relação a Taiwan e mais amplamente na região do Indo-Pacífico estiveram no centro das conversas entre os ministros das Relações Exteriores do grupo na cidade turística japonesa de Karuizawa.
“A mensagem é a mesma em todo o G7: queremos trabalhar com a China nas áreas em que a China está preparada para trabalhar conosco”, disse uma autoridade de alto escalão do Departamento de Estado dos EUA a repórteres em uma teleconferência.
“Certamente vamos nos posicionar contra qualquer coação, qualquer manipulação de mercado, qualquer esforço para mudar o status quo no Estreito de Taiwan”, acrescentou a autoridade.
Os ministros do G7 buscam demonstrar uma frente unificada, especialmente depois de comentários recentes do presidente francês Emmanuel Macron que foram percebidos em algumas capitais ocidentais como muito leves em relação à China e provocaram uma reação.
Depois de visitar a China neste mês, Macron alertou contra ser arrastado para uma crise sobre Taiwan impulsionada por um “ritmo americano e uma reação exagerada chinesa”.
Como único membro asiático do G7, o Japão está profundamente preocupado com qualquer possível ação de Pequim contra a vizinha Taiwan.
Pequim vê Taiwan como território chinês e não renunciou ao uso da força para tomar a ilha governada democraticamente. A presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, diz que apenas o povo da ilha pode decidir seu futuro.
“O impacto que a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan tem em nosso país é um fato, mas também é um fator crucial para a segurança mais ampla da comunidade internacional”, disse o ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, após uma reunião bilateral com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.