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    Gaza passa por maior apagão de comunicação desde o início da guerra, diz organização palestina

    De acordo com a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, sinal fraco e com interferências deve atrapalhar trabalho de ambulâncias

    Eve BrennanIbrahim Dahmanda CNN

    Gaza vive um apagão de comunicação há quatro dias, informou a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) neste domingo (17). É a maior interrupção nas comunicações do território desde o início da operação israelense, em outubro, segundo a organização.

    De acordo com informativo da organização de monitoramento da Internet, a NetBlocks, emitido por redes sociais no sábado (16), a interrupção já era “o mais longo apagão desde o início do conflito, e provavelmente limitará significativamente a visibilidade dos eventos na área”.

    Num vídeo que acompanha a publicação no X – antigo Twitter – o supervisor da sala de operações de emergência do PRCS em Gaza, Osama Kahlut, disse que a organização recorrerá à comunicação de rádio VHF como plano alternativo, mas acrescentou que esse tipo de comunicação “ limita o espaço disponível” e “representa um desafio ao trabalho”.

     

    “O sinal é fraco e suscetível a interferências de outras fontes, o que enfraquece a credibilidade e o volume da informação que recebemos. Sem dúvida, as ambulâncias enfrentarão desafios durante este período, principalmente com a queda de energia”, afirmou Kahlut.

    O supervisor prosseguiu dizendo que a queda de energia afetou o principal fornecedor de serviços de comunicações aéreas localizado na sede da associação em Khan Younis, no sul de Gaza.

    “Infelizmente, este é o único veículo de que dependem todos os centros de ambulâncias na Faixa de Gaza. Isto representa um desafio significativo para os veículos ambulância na resposta a casos humanitários, sinalizando potenciais dificuldades de mobilidade”, disse Kahlut.

    O PRCS acrescentou no X que suas equipes médicas de emergência estão “enfrentando desafios significativos para chegar aos feridos em meio aos bombardeios contínuos”.

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