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    Grupos armados propõem acordo de cessar-fogo com próximo governo da Colômbia

    Presidente eleito, Gustavo Petro espera consolidar a paz no país, que sofre por quase seis décadas com conflitos internos com quadrilhas ligadas ao tráfico de drogas

    Luis Jaime Acostada Reuters , em Bogotá

    As principais gangues criminosas da Colômbia propuseram nesta quinta-feira (21) um acordo de cessar-fogo com o próximo governo do país, do presidente eleito Gustavo Petro, como um ponto de partida para negociações de paz, afirmaram seis grupos em nota.

    Ligados à produção e ao tráfico de cocaína, os bandos são acusados pela atual gestão de assassinar líderes sociais e de atacar militares do país andino como parte de uma estratégia para controlar as plantações de coca, assim como os laboratórios para refino e produção e as rotas de tráfico de drogas.

    “Não podemos ser indiferentes ao clamor da sociedade colombiana e o pensamento de seu presidente democraticamente eleito, para atingir a desejada paz e justiça social, entre outras coisas”, afirmaram em nota seis grupos armados ilegais, incluindo o Clan del Golfo, os Caparros, e os Rastrojos.

    Petro, um economista de 62 anos que irá se tornar o primeiro chefe do Executivo de esquerda da Colômbia no dia 7 de agosto, propôs negociar com as quadrilhas ligadas ao tráfico de drogas durante sua campanha.

     

    Alvaro Leyva, escolhido por Petro para ser seu ministro de Relações Exteriores, afirmou a jornalistas que o acordo com todos os grupos ilegais armados é uma das propostas da nova gestão para chegar à “paz total”.

    Os bandos – que segundo fontes de segurança acumulam cerca de 2 mil combatentes armados – estão dispostos a coordenar o cessar-fogo logo após a posse de Petro, aponta a nota.

    Petro espera consolidar a paz no país, que sofre por quase seis décadas com conflitos armados internos.

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