Israel diz ter matado líder de comunicações do Hezbollah em ataques aéreos
Grupo libanês não comentou sobre vítimas após ataques de quinta-feira (3) em Beirute
O Exército de Israel disse que matou o chefe da unidade de comunicação do Hezbollah em ataques no sul de Beirute, no Líbano, na tarde de quinta-feira (3).
O porta-voz árabe das Forças de Defesa de Israel (FDI), Avichay Adraee, afirmou que Mohammad Rashid Skaafi lidera as comunicações do grupo desde 2000.
O Hezbollah ainda não fez nenhum anúncio sobre as vítimas após os ataques israelenses nos subúrbios ao sul de Beirute na quinta.
Ao menos 37 pessoas foram mortas e outras 151 ficaram feridas após os ataques de Israel em todo o Líbano na quinta, de acordo com o Ministério da Saúde libanês.
Os militares israelenses disseram ter atingido o quartel-general da inteligência do Hezbollah em Beirute.
As FDI afirmaram ainda que continuarão atacando alvos do Hezbollah em Beirute, no vale do Bekaa e no sul do Líbano.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah, no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país; os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.
No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza, onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo Hamas.