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    Kim Jong Un está a caminho de reunião com Putin, diz mídia sul-coreana

    Viagem pode ser a primeira do líder norte-coreano desde a pandemia de Covid-19

    Jake KwonGawon BaeJessie YeungBrad Lendonda CNN

    O líder norte-coreano, Kim Jong Un, pode estar em um trem com destino à Rússia para um possível encontro com o presidente russo, Vladimir Putin. A informação foi veiculado por vários meios de comunicação sul-coreanos nesta segunda-feira (11), citando autoridades do governo.

    Nem a Rússia, nem a Coreia do Norte, confirmaram oficialmente a reunião, mas Putin teria chegado à cidade de Vladivostok, no leste da Rússia, na segunda-feira (11), disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, segundo a TV estatal Rússia 24.

    As últimas notícias dos meios de comunicação social surgem após autoridades norte-americanas terem avisado na semana passada que se espera que Kim e Putin se encontrem à medida que avançam as negociações sobre armas entre os dois países — embora não seja dada nenhuma data ou local específico para este potencial encontro.

    Se a visita for realizada, marcará a primeira viagem de Kim ao exterior desde a pandemia de Covid-19. Com as suas fronteiras fechadas durante grande parte dos últimos três anos, a Coreia do Norte recentemente começou a relaxar as restrições às viagens.

    Seria também apenas a décima viagem de Kim desde que assumiu o poder em 2011. Todas elas ocorreram em 2018 e 2019, quando o líder norte-coreano se envolveu em negociações sobre os seus programas de armas nucleares e mísseis em três reuniões com o então presidente dos EUA, Donald Trump — uma em Singapura, um em Hanói e um na zona desmilitarizada (DMZ) que separa a Coreia do Norte e a Coreia do Sul.

    Vídeo: Kim Jong-Un planeja encontro com Vladimir Putin

    Vladivostok fica a 130 km (80 milhas) da fronteira com a Coreia do Norte.

    Diz-se que o líder da Coreia do Norte prefere viajar num comboio blindado de luxo — tal como o seu pai fazia antes dele — mas as viagens ferroviárias representam menos de metade das suas viagens ao estrangeiro. Três destas nove viagens foram feitas de avião e duas, ambas para a DMZ, de carro.

    O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, também visitou Pyongyang em julho, numa tentativa de convencê-lo a vender munições de artilharia.

    Na terça-feira passada (5), o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, alertou que a Coreia do Norte “pagará um preço” se fechar um acordo de armas com a Rússia, embora não tenha entrado em detalhes sobre estas potenciais repercussões.

    Vídeo: Moscou não comenta reunião entre Kim Jong-Un e Putin

    A Coreia do Norte já está sob sanções das Nações Unidas e dos Estados Unidos impostas por conta do programa de armas de destruição em massa de Pyongyang.

    A potencial reunião Putin-Kim poderá levar Pyongyang a ter em mãos o tipo de armas que as sanções impediram de ter acesso durante duas décadas, especialmente para o seu programa de mísseis balísticos com capacidade nuclear.

    Também ocorre depois de mais de um ano e meio de guerra na Ucrânia ter deixado os militares russos maltratados, esgotados e necessitados de suprimentos.

     

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