Líder militar do Irã diz que Israel enfrentará “preço alto” por ataques a Gaza
Ministério da Saúde palestino disse que pelo menos dez pessoas foram mortas, incluindo uma menina de cinco anos
O comandante da Guarda Revolucionária, um grupo de elite do Irã, disse neste sábado (6) que Israel pode pagar um alto preço por seus últimos ataques aos palestinos na Faixa de Gaza, informou a TV estatal iraniana.
“Os israelenses pagarão mais um preço alto por seu crime recente”, afirmou o major-general Hossein Salami, referindo-se aos ataques aéreos israelenses em Gaza, ao se encontrar com o líder da Jihad Islâmica Ziad al-Nakhala, que está atualmente no Irã.
No sábado, aviões israelenses atingiram Gaza e palestinos dispararam foguetes contra Israel depois que uma operação israelense contra o grupo militante Jihad Islâmica terminou mais de um ano de relativa calma ao longo da fronteira.
A Jihad Islâmica disse em um comunicado que um de seus principais líderes, Tayseer Al Jabari, foi morto no ataque.
Ele era comandante da Brigada Quds, o braço armado da Jihad Islâmica, segundo o grupo, e membro de seu Conselho Militar.
O Ministério da Saúde palestino disse que pelo menos dez pessoas foram mortas, incluindo uma menina de cinco anos e uma mulher de 23. Outros 55 ficaram feridos, segundo a pasta. Israel insiste que a maioria dos mortos eram militantes.
O exército israelense disse que o foco principal de sua ação militar foi um ataque aéreo preventivo contra Al Jabari, além de ataques a dois esquadrões anti-tanque que estavam a caminho de realizar um ataque às forças israelenses.
O Hamas, o grupo militante que controla Gaza, condenou a ação israelense. “O inimigo israelense, que iniciou a escalada contra Gaza e cometeu um novo crime, deve pagar o preço e assumir total responsabilidade por isso”, disse o porta-voz Fawzi Barhoum.
Os ataques ocorrem depois que as forças israelenses capturaram um comandante sênior da Jihad Islâmica, Bassam al-Saadi, durante um ataque na noite de segunda-feira (1º) na cidade ocupada da Cisjordânia de Jenin.
Durante essa operação, um palestino de 17 anos ligado à Jihad Islâmica foi morto a tiros em um confronto com soldados de Israel, segundo os militares israelenses. O Ministério da Saúde da Palestina disse que a vítima foi baleada na cabeça pelas forças israelenses.