Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cobrou maior interfência da ONU e dos EUA para a resolução da guerra entre Israel e Hamas • REUTERS/Ueslei Marcelino
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, durante sua live semanal “Conversa com o Presidente” nesta terça-feira (24), que a ONU não atua para impedir que colonos israelenses invadam territórios palestinos porque está enfraquecida.
"Todo dia a gente vê que colônias de Israel invadem a terra dos palestinos e a ONU não faz nada, porque a ONU está enfraquecida", disse Lula.
O chefe do Executivo pediu que Israel e Palestina fiquem com os territórios que lhe foram demarcados na ONU e cobrou mais interferência da organização para a resolução do conflito entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas.
"É preciso que a gente consiga que lá, lá no Oriente Médio, Israel fique com o território que é seu e está demarcado pela ONU e os palestinos tenham o direito de ter as suas terras, é simples assim e não precisa ninguém ficar invadindo a terra de ninguém", defendeu.
Tensões na Cisjordânia
Na fala, Lula fez referência à Cisjordânia, território palestino a oeste do rio Jordão, adjacente a Israel e à Jordânia.
A maior parte do mundo considera estes colonatos ilegais à luz do direito internacional. Mas, apesar disso, sucessivos governos israelenses prometeram apoiá-los.
Israel vê a Cisjordânia como “território disputado” e afirma que a sua política de colonatos é legal. Este ano, após a eleição do governo mais direitista e extremista da história de Israel, sob a liderança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a violência entre colonos e palestinos na Cisjordânia aumentou.
Os colonos são há muito tempos acusados de praticar atos de violência contra os palestinos. Além de assassinatos, esses ataques incluíram incidentes de agressão física, danos materiais e assédio.
Brasil no Conselho de Segurança da ONU
O Brasil, que preside o Conselho de Segurança da ONU, tem se posicionado internacionalmente e lidera os debates a favor da abertura de corredores humanitários e do cessar-fogo na guerra.
Na live, o presidente cobrou diretamente os Estados Unidos. Segundo Lula, os norte-americanos e a ONU poderiam interferir mais para resolver o fim do conflito.
"Se a ONU tivesse força, a ONU poderia ter uma interferência maior. Os Estados Unidos poderiam ter uma maior interferência, mas as pessoas não querem. As pessoas querem guerra, querem incentivar o ódio, querem estimular o ódio e eu não vejo assim. Podem me criticar quanto quiserem. O Lula vai continuar falando em paz", afirmou Lula.
Veja imagens da guerra entre Israel e Hamas
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Acredita-se que o Hamas esteja abrigando no subsolo um número considerável de combatentes e armas
• Reuters
O conflito entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro quando o grupo extremista islâmic disparou uma chuva de foguetes lançados da Faixa de Gaza sobre o país judaico. A ofensiva contou ainda com avanços de tropas por terra e pelo mar
• Reuters
Foguetes disparados em Israel a partir de Gaza
• REUTERS/Amir Cohen
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Após os ataques aéreos, o Hamas avançou no território israelense e invadiu a área onde estava acontecendo um festival de música eletrônica; mais de 260 corpos foram encontrados no local
• Reprodução CNN
Carros foram deixados para trás pelos motoristas que tentavam fugir do grupo extremista islâmico
• Reuters
Imagens mostram carros abandonados e sinais de explosões após ataque em festival de música eletrônica em Israel
• Reuters
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As forças israelenses responderam com uma contraofensiva que atingiu Gaza e deixou vítimas, inclusive, em campos de refugiados. Israel declarou "cerco total" e suspendeu o abastecimento de água, energia, combustível e comida ao território palestino
• 13/10/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura
Destruição em campo de refugiados palestinos em Gaza após ataque aéreo de Israel
• Reuters
Pessoas carregam o corpo de palestino morto em ataque israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza
• 09/10/2023 REUTERS/Mahmoud Issa
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Campo de refugiados palestinos atingido em meio a ataques aéreos israelenses em Gaza
• Reuters
Prédios destruídos na Faixa de Gaza
• Ahmad Hasaballah/Getty Images
Escombros de prédio destruído após sataques em Sderot, no sul de Israel
• Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images
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Delegacia destruída no sul de Israel após ataque do Hamas
• REUTERS/Ronen Zvulun
Palestinos queimam pneus de carros e bloqueiam estradas enquanto entram em confronto com as forças israelenses no distrito de Beit El, em Ramallah, na Cisjordânia
• Anadolu Agency via Getty Images
As Brigadas Izz ad-Din al-Qassam seguram uma bandeira palestina enquanto destroem um tanque das forças israelenses em Gaza
• Hani Alshaer/Anadolu Agency via Getty Images
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Bombeiros tentaram apagar incêndios em Israel após bombardeio de Gaza no sábado (7)
• Reuters
Foguetes disparados de Gaza em direção a Israel na manhã de sábado (7)
• CNN
Veja como funciona o sistema antimíssil de Israel
• CNN
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Ataque israelense na Faixa de Gaza
• 10/10/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
Casas e prédios destruídos por ataques aéreos israelenses em Gaza
• 10/10/2023 REUTERS/Shadi Tabatibi
Tanque de guerra israelense estacionado perto da fronteira de Gaza
• Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Imagens se satélite mostram destruição na Faixa de Gaza
• Reprodução/Reuters
Salva de foguetes é disparada por militantes do Hamas de Gaza em direção a cidade de Ashkelon, em Israel, em 10 de outubro de 2023.
• Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
Salva de foguetes é disparada por militantes do Hamas de Gaza em direção a cidade de Ashkelon, em Israel, em 10 de outubro de 2023.
• Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
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Barco de pesca pega fogo no porto de Gaza após ser atingido por ataques de Israel.
• Reuters
Palestinos caminham em meio a destroços de prédios destruídos por Israel em Gaza
• 10/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
Palestinos caminham em meio a destroços de prédios em Gaza destruídos por ataques de Israel
• 09/10/2023REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Soldados israelenses carregam corpo de vítima de ataque realizado por militantes de Gaza no kibbutz de Kfar Aza, no sul de Israel
• 10/10/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura
Destruição em Gaza provocada por ataques israelenses
• 10/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
Ataque israelense na Faixa de Gaza
• 10/10/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Casas e prédios destruídos por ataques aéreos israelenses em Gaza
• 10/10/2023 REUTERS/Shadi Tabatibi
Munição israelense é vista em Sderot, Israel, na segunda-feira
• Mostafa Alkharouf/Anadolu Agency via Getty Images
Tanque de guerra israelense estacionado perto da fronteira de Gaza
• Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
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Chamas e fumaça durante ataque israelense a Gaza
• 09/10/2023REUTERS/Mohammed Salem
Sistema antimísseis de Israel intercepta foguetes lançados da Faixa de Gaza
• 09/10/2023REUTERS/Amir Cohen
Hospital na Faixa de Gaza usa geladeiras de sorvete para colocar cadáveres devido à superlotação do necrotério
• Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
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Fumaça sobe após um ataque aéreo israelense no oitavo dia de confrontos na Faixa de Gaza, em 14 de outubro de 2023
• Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
Homem palestino lava as mãos em uma poça ao lado de um prédio destruído após os ataques israelenses na Cidade de Gaza
• Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Embaixada dos EUA no Líbano é alvo de protestos
• Reprodução CNN
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Palestinos protestam na Cisjordânia contra ataques de Israel
Hospital em Gaza é atingido por um míssil
• Reprodução
Hospital atacado em Gaza
• Reprodução
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Palestinos procuram vítimas sob escombros de casas destruídas por ataque israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza
• 17/10/2023REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
Cidadã palestina inspeciona sua casa destruída durante ataques israelenses no sul da Faixa de Gaza em 17 de outubro de 2023 em Khan Yunis
• Ahmad Hasaballah/Getty Images
Tanque de guerra israelense
• Saeed Qaq/Anadolu via Getty Images
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Ataque de Israel contra Gaza
• 11/10/2023REUTERS/Saleh Salem
No sábado (22), durante a Cúpula da Paz do Cairo convocada pelo Egito à qual foi enviado para representar Lula, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que “o Brasil seguirá atuando incessantemente para evitar a escalada do conflito, e buscará construir acordos que protejam a população civil, aliviem a dramática situação humanitária e garantam a segurança dos agentes de ajuda humanitária.”
O Conselho se reúne novamente nesta terça-feira (24) para debater a guerra. Na quarta-feira (18), data do último encontro do grupo, os Estados Unidos foram o único país a votar contra e usaram seu poder de membro-permanente para vetar uma resolução desenhada pelo Brasil sobre o conflito.
O texto condenava toda a violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo e apelava à libertação imediata e incondicional de todos os reféns. A resolução proposta pelo Brasil pedia ainda pausas no conflito que permitissem o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, região onde a guerra está concentrada.
Vídeo: Nova resolução dos EUA na ONU destaca direito de Israel