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    Ministério Público do Peru acusa presidente de liderar organização criminosa

    Pedro Castillo, no entanto, nega acusações e promete terminar seu mandato em 2026

    Marco AquinoMarcelo Rochabrunda Reuters

    A procuradora-geral do Peru, Patricia Benavides, apresentou, na terça-feira (11), a chamada queixa constitucional contra o presidente Pedro Castillo, abrindo uma nova batalha legal que as forças da oposição esperam que possa levar à sua deposição.

    Castillo já enfrenta cinco investigações criminais sobre se usou a presidência para se beneficiar e sobreviveu a duas tentativas de impeachment em pouco mais de um ano no cargo. Ele, no entanto, nega qualquer irregularidade e prometeu na terça-feira terminar seu mandato em 2026.

    “Encontramos indícios muito sérios de uma organização criminosa que se enraizou no governo”,  declarou Patricia Benavides.

    Castillo chamou a queixa constitucional — assim como as buscas e detenções que visavam aliados no início do dia — de “golpe de estado” orquestrado pelo gabinete da procuradora-geral.

    Alguns parlamentares disseram que querem lançar um terceiro pedido de impeachment, embora reconheçam não ter votos.

    Outros, no entanto, acham que a reclamação constitucional pode levar à suspensão de Castillo com menos votos no Congresso controlado pela oposição do que uma votação formal de impeachment.

    Mas, o primeiro-ministro Aníbal Torres expôs que a reclamação constitucional era inconstitucional por direito próprio, preparando o terreno para uma batalha legal sobre os limites do mecanismo.

    O Peru tem uma alta rotatividade de presidentes com cinco desde 2016. Um deles foi deposto por impeachment, outro renunciou antes de uma votação de impeachment e um terceiro renunciou após protestos de rua.

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