Navios da Marinha dos EUA interceptaram mísseis do Irã, diz oficial de defesa

Atualmente, os EUA têm três destróieres de mísseis guiados operando no Mediterrâneo Oriental

Oren Liebermann e Natasha Bertrand, Haley Britzky, da CNN
Diversos mísseis, lançados por Irã, foram vistos desde Tel Aviv  • Nir Keidar/Anadolu via Getty Images
Compartilhar matéria

Navios da Marinha dos Estados Unidos localizados no Mar Mediterrâneo interceptaram mísseis balísticos do Irã nesta terça-feira (1°), de acordo com oficial da defesa dos EUA.

Atualmente, os EUA têm três destróieres de mísseis guiados operando no Mediterrâneo Oriental. São eles: USS Arleigh Burke, USS Cole e USS Bulkeley.

Esses navios de guerra americanos, usados para defender outras embarcações contra agressores, também participaram da interceptação da série de mísseis balísticos e drones do Irã em 13 de abril, derrubando vários dos projéteis lançados contra Israel.

Na manhã desta terça-feira, os Estados Unidos haviam alertado Israel que o Irã estava pronto para lançar um ataque, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.

Entenda o conflito no Oriente Médio

O ataque do Irã contra Israel acontece em meio à guerra entre o Exército israelense e o Hezbollah, grupo paramilitar libanês apoiado pelo governo iraniano.

A ofensiva ocorre um dia após o Exército de Israel iniciar uma "operação terrestre limitada" no Líbano.

Israel tem lançado uma série de ataques aéreos em regiões no país vizinho. No dia 23 de setembro, o país teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.

Segundo os militares israelenses, os alvos são integrantes e infraestrutura bélica do Hezbollah, uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio e que é apoiada pelo Irã.

A ofensiva atingiu diversos pontos no Líbano, incluindo a capital do país, Beirute. Milhares de pessoas buscaram refúgio em abrigos e deixaram cidades do sul do país.

chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto em um ataque aéreo israelense em Beirute, conforme confirmado pelo próprio grupo.

Hezbollah e Israel começaram a trocar ataques após o início da guerra na Faixa de Gaza. O grupo libanês é aliado do Hamas, que invadiu o território israelense em 7 de outubro de 2023, matando centenas de pessoas e capturando reféns.

Devido aos bombardeios, milhares de moradores do norte de Israel, onde fica a fronteira com o Líbano, tiveram que ser deslocados. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu diversas vezes fazer com que esses cidadãos retornem para suas casas.

No dia 17 de setembro, Israel adicionou o retorno desses moradores como um objetivo oficial de guerra.

Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.

Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros no Líbano.