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    Parlamento da Espanha rejeita projeto de anistia para separatistas catalães

    Ação é golpe para primeiro-ministro Pedro Sánchez e apoio do governo no Parlamento

    Joan Fausda Reuters

    A câmara baixa do Parlamento espanhol rejeitou nesta terça-feira (30) um projeto de lei de anistia para separatistas da Catalunha, em um golpe para o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, que ilustra sua fragilidade parlamentar.

    O documento foi rejeitado por 179 votos contra 171, devido a divergências sobre seu escopo entre os governistas socialistas e um partido separatista catalão,

    Ele retornará para debate em um comitê parlamentar e poderá, eventualmente, ser enviado para outra votação na câmara baixa.

    O projeto de lei de anistia deve definir o segundo mandato de Sánchez e provocou grandes protestos contra ele.

    Os separatistas catalães do Junts votaram contra a lei depois que não conseguiram chegar a um acordo de última hora com o Partido Socialista Operário Espanhol, de Sánchez.

    O Junts queria que todas as exceções relacionadas ao terrorismo fossem removidas do projeto de lei, uma vez que alguns de seus políticos estão atualmente sendo investigados pelos tribunais por supostos crimes relacionados a terrorismo.

    O projeto de lei foi apresentado pelos socialistas em troca do apoio dos partidos separatistas catalães Esquerra Republicana de Catalunya e Junts para o novo mandato de Sánchez.

    “O Junts não pode participar em deixar todo o separatismo catalão exposto à arbitrariedade do politizado Judiciário espanhol”, ressaltou a parlamentar Miriam Nogueras. Ela disse que a atual proposta de anistia é muito seletiva e tem brechas.

    Entretanto, o partido de Sánchez havia dito que alguns crimes envolvendo acusações relacionadas ao terrorismo não poderiam ser perdoados.

    A anistia abrangeria todos os eventos relacionados à campanha de independência da Catalunha a partir de 2012, incluindo uma votação simbólica realizada em 2014 e um referendo de independência em 2017, que os tribunais declararam ilegal.

    Espera-se que a medida beneficie várias centenas de separatistas, bem como alguns policiais que invadiram seções eleitorais durante o referendo.

    Sánchez, que se opôs a uma anistia no passado e ainda rejeita um referendo sobre a independência, argumentou que o projeto de lei busca promover a reconciliação. A oposição conservadora, por outro lado, acusou o primeiro-ministro de minar o Estado de Direito.

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