Poderoso tufão atinge oeste do Japão e 237 mil pessoas precisam ser retiradas de áreas de risco
Evento climático atingiu a costa de Shionomisaki, na prefeitura de Wakayama, com ventos de quase 160 quilômetros por hora, o equivalente a um furacão de categoria 2
Avisos de evacuação foram emitidos para mais de 237.000 pessoas em 11 províncias do Japão quando o tufão Lan atingiu o oeste do país nesta terça-feira (15), de acordo com a Agência de Gerenciamento de Incêndios e Desastres do Japão.
O tufão atingiu a costa perto de Shionomisaki, na prefeitura de Wakayama, no Japão, por volta das 5h, horário local, na manhã de terça-feira, com ventos de quase 160 quilômetros por hora (100 mph), equivalentes a um furacão de categoria 2.
Pelo menos 26 pessoas ficaram feridas em cinco províncias do oeste do Japão, de acordo com a emissora pública japonesa NHK, citando policiais e bombeiros.
Em duas cidades nas províncias de Tottori e Okayama, as chuvas em algumas horas na terça-feira excederam a média de todo o mês de agosto. A cidade de Tottori registrou 483 milímetros (19 polegadas) de chuva e a cidade de Kagamino em Okayama registrou 461,5 milímetros (18 polegadas), de acordo com a Agência Meteorológica do Japão.
A forte tempestade causou quedas de energia em dezenas de milhares de residências, acrescentou a NHK.
Todos os voos comerciais dos aeroportos de Kansai, Chubu e Nagoya estão suspensos neste dia, com mais de 950 cancelados em todo o país, disse um porta-voz do Ministério de Terras, Infraestrutura e Turismo do Japão à CNN.
O porta-voz disse que todos os voos da Japan Airlines e All Nippon Airlines (ANA) foram suspensos.
O tufão Lan segue o tufão Khanun, que atingiu o sudoeste do Japão com vento e chuva no início deste mês.
Como muitos outros países asiáticos, o Japão tem enfrentado um clima extremo mortal neste verão. Em julho, fortes chuvas no sudoeste do país causaram inundações e deslizamentos de terra que deixaram pelo menos seis mortos. No mesmo mês, o Japão experimentou intensas ondas de calor, com temperaturas acima de 39 graus Celsius (102 Fahrenheit) em alguns lugares.
Os cientistas estão certos de que o aquecimento global causado pelo homem aumentará a frequência e a intensidade de eventos climáticos extremos.