Polônia afirma que explosão foi causada por míssil de fabricação russa

Localidade fica próxima da fronteira com a Ucrânia; duas pessoas foram mortas

Antonia Mortensen, da CNN
Localidade da queda do míssil próximo da fronteira com a Ucrânia  • MapBox
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O Ministério das Relações Exteriores da Polônia declarou, nesta terça-feira (15), que a queda de um "míssil de fabricação russa" foi a causa da explosão na vila de Przewodów, que fica perto da fronteira com a Ucrânia.

"Às 15h40 [hora local] na vila de Przewodów no munícipio de Hrubieszów, em Voivodia de Lubelskie, caiu um míssil de fabricação russa, matando dois cidadãos da República da Polônia", disse Lukasz Jasina, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.

A declaração do ministério não especificou o tipo de míssil ou de onde foi disparado.

Anteriormente, a mídia polonesa relatou que projéteis atingiram uma fazenda no território do membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) mais ou menos na época em que a Rússia lançou sua maior onda de ataques com mísseis contra cidades ucranianas em mais de um mês.

Vale ressaltar que, desde 1999, a Polônia integra a Otan. Segundo o artigo 4º do tratado, “as partes se consultarão sempre que, na opinião de qualquer uma delas, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada”.

O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, expôs que as evidências sugerem que o míssil russo foi um “caso isolado”, sem evidências de outros ataques.

No entanto, a Polônia está aumentando sua prontidão militar, explicou Morawiecki durante discurso em Varsóvia após a reunião do Conselho de Ministros.

“Decidimos aumentar a prontidão de combate de unidades selecionadas das forças armadas polonesas, com ênfase particular no monitoramento do espaço aéreo”, expressou Morawiecki, comunicando que “o monitoramento do espaço aéreo é e será realizado de maneira aprimorada em conjunto com nossos aliados”.

Morawiecki acrescentou que a Polônia está conduzindo uma análise minuciosa e consultas com seus aliados sobre o uso potencial do Artigo 4º – com seu discurso ecoando a cautela e a calma solicitadas por outras autoridades polonesas.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, manifestou pelas redes sociais que conversou com o ministro das Relações Exteriores polônes, Zbigniew Rau, e o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, sobre a explosão.

“Comprometemo-nos a manter uma coordenação estreita nos próximos dias, à medida que a investigação avança e determinamos os próximos passos apropriados”, revelou Blinken.

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