Presidente da Geórgia diz que não deixará o poder quando mandato terminar
Posicionamento é protesto contra eleições parlamentares de outubro, as quais a líder do país não reconhece como legítimas
A presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, disse neste sábado (30) que o Parlamento do país é ilegítimo após uma eleição realizada em outubro e que ela não pretende deixar seu cargo quando seu mandato terminar em dezembro.
Durante uma reunião, Zourabichvili disse que a Presidência continua sendo a única instituição legítima do país. Ela chamou a eleição de “farsa” e ”operação especial da Rússia”.
O comentário foi feito em meio a uma onda de protestos na capital da Geórgia, Tbilisi, e em outras cidades.
Tomorrow’s meeting of the 🇬🇪Parliament is unconstitutional: 1/massive electoral fraud has undermined its legitimacy.
2/ I refused to called the 1st session and the Constitution does not recognize anyone to act as substitute.
3/my appeal to the Constitutional court is pending.— Salome Zourabichvili (@Zourabichvili_S) November 24, 2024
A mobilização popular começou depois que o primeiro-ministro, Irakli Kobakhidze, anunciou na semana passada que a Geórgia abandonou as negociações de adesão à União Europeia.
Na sexta-feira (29), mais de 100 pessoas foram presas durante os protestos na capital Tbilisi após a declaração do premiê. A presidente Zourabichvili, que é pró-ocidente e favor das negociações, afirmou que a polícia “atacou jornalistas e líderes políticos”.
Opositores acusam o partido governista Sonho Georgiano de ser pró-Rússia e de ter manipulado as eleições parlamentares em benefício próprio.