Presidente francês discute crise energética com príncipe herdeiro saudita

Em ampla discussão, os dois também abordaram a questão dos direitos humanos na Arábia Saudita

Joseph Ataman e Camille Knight, da CNN
Príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman em Paris
Príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman em Paris  • Anadolu Agency via Getty Images
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O presidente francês, Emmanuel Macron, discutiu e enfatizou a importância de trabalhar com a Arábia Saudita para resolver os temores energéticos da Europa em uma reunião com o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, na quinta-feira (28).

O Presidente francês ressaltou “a importância de buscar a coordenação comprometida com a Arábia Saudita na perspectiva da diversificação do abastecimento energético dos estados europeus”, segundo uma leitura do Palácio do Eliseu divulgada sexta-feira (29).

Em ampla discussão, os dois também abordaram a questão dos direitos humanos na Arábia Saudita.

Enquanto a guerra na Ucrânia continua, uma emergência de gás se desenrola na Europa.

Esta semana, a estatal russa de gás Gazprom cortou pela metade dos fluxos do gasoduto Nord Stream 1 para a Alemanha, para apenas 20% de sua capacidade.

Uma autoridade dos EUA disse que a medida é uma retaliação às sanções ocidentais e que coloca o Ocidente em "território inexplorado" quando se trata de saber se a Europa terá gás suficiente para passar o inverno.

O governo Biden tem trabalhado furiosamente nos bastidores para manter os aliados europeus unidos contra a Rússia, enquanto Moscou corta ainda mais seu fornecimento de energia para a União Europeia, provocando pânico em ambos os lados do Atlântico sobre a escassez de gás potencialmente grave no inverno, dizem autoridades dos EUA.

Em resposta à turbulência, a Casa Branca enviou o coordenador presidencial de energia global, Amos Hochstein, para a Europa na terça-feira, disseram autoridades. Ele viajará para Paris e Bruxelas para discutir planos de contingência com a força-tarefa de energia entre Estados Unidos e União Europeia (UE), criada em março, um mês após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Natasha Bertrand, da CNN, contribuiu com reportagem para esta reportagem.

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