Primeira-dama da Ucrânia denuncia sequestro de crianças no 2º aniversário da guerra
Governo russo nega que deportações sejam forçadas e diz que está salvando crianças
A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, destacou o rapto ilegal de crianças ucranianas pela Rússia em comentários que marcam dois anos desde a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia.
Em comunicado postado na rede social X no sábado (24), Zelenska escreveu: “Dois anos. Para as crianças, é uma eternidade que deveria ser repleta de descobertas, risadas nos corredores da escola e momentos felizes com entes queridos".
"Em vez disso, tornou-se uma tragédia. A Rússia matou 528 crianças ucranianas, feriu mais de 1.230, raptou mais de 19.000 e forçou mais de 2 milhões a abandonarem as suas casas."
A Rússia, acrescentou Zelenska, "está deliberadamente mirando as nossas crianças. Há dois anos que a Ucrânia tem resgatado e devolvido as suas crianças, dando-lhes famílias e novos lares. Não permitiremos que o seu futuro seja arruinado".
O Tribunal Penal Internacional emitiu no ano passado um mandado de prisão contra o presidente russo Vladimir Putin e a autoridade russa Maria Lvova-Belova por um suposto esquema de deportação de crianças ucranianas para a Rússia.
O governo russo defendeu a prática, dizendo que está salvando as crianças e nega que as deportações sejam forçadas. O Kremlin classificou as ações do TPI como “ultrajantes e inaceitáveis”.
Em julho de 2023, os procuradores ucranianos disseram que a Ucrânia abriu mais de 3.000 processos criminais sobre os alegados crimes da Rússia contra crianças no país, incluindo dezenas de casos de tortura.
