Queda de balão de ar quente no deserto do Arizona deixa 4 mortos e 1 gravemente ferido
Paraquedistas conseguiram saltar do balão antes do acidente
A queda de um balão de ar quente no deserto do Arizona deixou quatro pessoas mortas e uma gravemente ferida no domingo (14), segundo a polícia. Um grupo de paraquedistas conseguiu saltar do balão antes do acidente.
O caso aconteceu por volta das 7h50, no horário local, em Eloy, cidade a cerca de 105 quilômetros ao sul de Phoenix, disse o departamento de polícia local em um comunicado à imprensa. O balão caiu em uma área deserta a leste de Sunshine Boulevard e Hanna Road.
Ele transportava 13 adultos: um operador de balão, quatro passageiros e oito paraquedistas, segundo o prefeito de Eloy, Micah Powell.
Pouco depois de todos os paraquedistas terem concluído o salto planejado, “algo catastrófico ocorreu com o balão, fazendo-o cair no chão”, pontuou o chefe de polícia de Eloy, Byron Gwaltney, em entrevista coletiva.
Embora a causa exata do acidente seja desconhecida, informações preliminares sugerem que ele ocorreu depois que o balão teve um “problema não especificado com seu envelope”, destacou o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes, que está investigando o fato.
Uma testemunha afirmou às autoridades que, nos segundos que antecederam a queda, “o material do balão de ar quente subiu e desceu, e o impacto foi bem, bem grande”, informou o prefeito.
Uma pessoa morreu no local e outras três faleceram após serem levadas ao hospital, ainda de acordo com as autoridades. A vítima gravemente ferida foi transportada para um centro de trauma em Phoenix.
Quem são as vítimas
A polícia identificou as quatro vítimas como:
- Chayton Wiescholek, de 28 anos, de Union City, Michigan;
- Kaitlynn Bartrom, de 28 anos, de Andrews, Indiana;
- Atahan Kiliccote, de 24 ano, de Cupertino, Califórnia; e
- Cornelius van der Walt, 37 anos, originário da África do Sul e residente em Eloy.
Van der Walt era o piloto, segundo o Departamento de Polícia de Eloy. Valerie Stutterheim, de 23 anos, de Scottsdale, no Arizona, ficou gravemente ferida no incidente, segundo as autoridades.
“Estendemos nossas mais profundas condolências às famílias e amigos daqueles que perderam suas vidas neste trágico incidente e nossos pensamentos estão com a Sra. Stutterheim enquanto ela recebe cuidados médicos”, destacou o comunicado da polícia.
A mãe de Kaitlynn Bartrom, Jennifer Hubartt, disse que a filha é uma enfermeira registrada de Indiana que adorava paraquedismo e aventura, de acordo com a KNXV, rede afiliada da CNN.
Hubartt comentou que sua filha viajou de Indiana para o Arizona com amigos e que ela estava “realmente gostando da experiência, se divertindo e conhecendo um novo lugar que ela nunca tinha visto antes”.
“Está meio sombrio aqui em casa. Estamos chorando por ela e falando sobre ela, ainda tentando tornar isso real. Ela era uma pessoa linda, recentemente se tornou RN e estava conseguindo sobreviver sozinha”, disse Hubartt à KNXV.
Autoridades investigam
A cidade tem uma “presença muito grande da comunidade de paraquedistas” e possui uma grande “zona de lançamento”, ou área onde os paraquedistas podem pousar, de acordo com o prefeito.
Investigadores do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes estiveram na área no domingo à noite documentando o local do acidente e examinando o balão, que será levado a uma instalação segura para análise mais aprofundada nos próximos dias, afirmou um porta-voz da agência à CNN.
A aeronave era um balão de passageiros A-160 fabricado pela Cameron Balloons, segundo o conselho.
A CNN entrou em contato com a Cameron Balloons, mas não teve retorno até a última atualização desta matéria.
O Departamento de Polícia de Eloy pontuou que está trabalhando com o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA e a Administração Federal de Aviação na investigação dos EUA.
“Enquanto continuamos nossos esforços, pedimos sua opinião e apoio às famílias e entes queridos afetados durante este momento difícil”, concluiu a polícia.
*Elizabeth Wolfe e Paradise Afshar, da CNN, contribuíram para esta reportagem