Regime Maduro acusa EUA de interceptar barco de pesca da Venezuela

O governo venezuelano anunciou neste sábado (13) que um destróier dos EUA interceptou e ocupou uma embarcação de pesca de atum venezuelana por oito horas nas águas da Zona Econômica Especial do país sul-americano na sexta-feira (12).

Em um comunicado lido pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, o governo de Nicolás Maduro declarou que a embarcação foi ocupada de forma ilegal e hostil, e que era tripulada por nove pescadores "humildes" e era "inofensiva."

O governo exigiu que os Estados Unidos cessassem imediatamente tais ações, o que coloca "a segurança e a paz do Caribe em risco."

Os americanos ainda não se pronunciaram sobre o caso.

“Luta armada”

Maduro pediu nesta semana aos cidadãos venezuelanos que se preparem para um possível chamado para uma “luta armada em defesa da soberania e da paz”, se necessário, em meio ao aumento das tensões com os Estados Unidos.

“O partido do governo popular e unificador das forças políticas e sociais do bloco histórico tem a obrigação de se preparar estruturalmente para partir para a luta armada com a nação venezuelana, se for necessário para defender esta terra, defender nosso povo, defender e afirmar nossa história de dignidade. Nunca acreditei que pudesse pronunciar estas palavras, mas as circunstâncias históricas nos obrigam por responsabilidade”, disse Maduro.

Mais cedo na quinta-feira, ele havia anunciado que mobilizaria forças militares, policiais e civis de defesa em 284 pontos de “frente de batalha” em todo o país.

O ditador discursou no encerramento do Congresso Plenário do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela), em Caracas, capital do país.

O governo Trump intensificou a presença militar americana no sul do Caribe, como parte do que considera uma repressão aos traficantes de drogas, e ordenou o envio de 10 caças F-35 para um aeródromo em Porto Rico.

Maduro alegou que os militares americanos esperam tirá-lo do poder.