Repórter da CNN na Ucrânia mostra catacumba de igreja que serve de abrigo antibomba
Galeria subterrânea no centro da cidade de Lviv pode ser utilizada como local seguro para a população em caso de ataque das forças russas
O repórter da CNN enviado especial para cobrir a guerra na Ucrânia, Mathias Brotero, relatou, neste domingo (6), como os moradores da cidade de Lviv se preparam para a possibilidade de um ataque russo.
Próxima à fronteira com a Polônia e localizada mais a oeste do território ucraniano, Lviv ainda não recebeu ataques diretos no conflito, mas a população já está tomando cuidados, contou Mathias.
“Quando as sirenes soam, as pessoas vêm para onde estou agora. É uma catacumba embaixo de uma das principais igrejas da cidade”, disse o repórter.
Ele explica que, enquanto em Kiev as pessoas se acostumaram a buscar abrigo nos metrôs, a cidade de Lviv conta com abrigos desta forma, em catacumbas.
Além dos abrigos antibombas, Mathias relatou que as autoridades de Lviv adotaram um toque de recolher entre 22h e 06h e a venda de álcool foi proibida.
“Janelas de prédios estão protegidas com placas de metal para evitar que os vitrais sejam quebrados. E, uma curiosidade, Lviv tem muitas estátuas e monumentos. Aqueles que não foram transportados para bunkers, foram revestidos com diversas camadas de proteção”, informou.
O enviado especial da CNN disse que, apesar da preparação para o conflito, a população tenta viver normalmente. Mostrando em imagens o caminho da catacumba até as ruas de Lviv, ele viu pessoas caminhando pelas ruas e um grupo de idosos reunido para cantar músicas patrióticas, por exemplo.
“Está acontecendo uma missa na Igreja em cima da catacumba. A missa está sendo em inglês e ouvi eles abençoando os militares que estão na linha de frente”, relatou.
Mathias ainda informou que não há uma corrida aos supermercados para estocagem de mantimentos. “As pessoas compram um pouco mais para ter em casa, mas não há urgência”, disse.
Mais de 1,5 milhão de refugiados
Mais de 1,5 milhão de refugiados da Ucrânia cruzaram a fronteira para países vizinhos nos últimos 10 dias, disse neste domingo (6) o comissário da agência de refugiados da ONU, Filippo Grandi.
Em uma publicação no Twitter, Grandi chamou de “a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”.
O repórter da CNN, Mathias Brothero, contou que fez o caminho inverso e saiu da Polônia rumo a Lviv, na Ucrânia.
Ele relatou que a fila de refugiados tentando atravessar a fronteira “é absolutamente quilométrica”.
“Eu perdi a conta de quantos quilômetros de refugiados tentando passar a fronteira eu filmei. São muitos carros, muitas pessoas, mais de 20 km de filas”, disse.
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Explosão provocada por ataque russo, neste domingo (6), na cidade de Irpin, a noroeste de Kiev, acontece a poucos metros de uma operação de retirada de civis • Anadolu Agency via Getty Images
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Explosão provocada por ataque russo, neste domingo (6), na cidade de Irpin, a noroeste de Kiev, acontece a poucos metros de uma operação de retirada de civis. • Anadolu Agency via Getty Images
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Explosão provocada por ataque russo, neste domingo (6), na cidade de Irpin, a noroeste de Kiev, acontece a poucos metros de uma operação de retirada de civis • Anastasia Vlasova/Getty Images
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Explosão provocada por ataque russo, neste domingo (6), na cidade de Irpin, a noroeste de Kiev, acontece a poucos metros de uma operação de retirada de civis • Anastasia Vlasova/Getty Images
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Explosão provocada por ataque russo, neste domingo (6), na cidade de Irpin, a noroeste de Kiev, acontece a poucos metros de uma operação de retirada de civis • Anastasia Vlasova/Getty Images
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