Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Rússia diz que declaração dos líderes do G20 é “equilibrada”

    Documento não critica diretamente Moscou pela guerra na Ucrânia; grupo esteve dividido em diversas questões

    Militar da Índia monta guarda na reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20 em Nova Délhi
    Militar da Índia monta guarda na reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20 em Nova Délhi 02/03/2023Olivier Douliery/Pool via REUTERS

    Katya GolubkovaMichel RoseManoj Kumarda Reuters

    Ouvir notícia

    A Rússia elogiou a declaração de líderes da cúpula do G20, que não chegou a criticar diretamente Moscou pela guerra na Ucrânia, e disse que os líderes do bloco agiram no interesse da resolução do conflito, enquanto as deliberações caminham para o segundo dia, neste domingo (10).

    O grupo adotou uma declaração em Nova Délhi, na Índia, no sábado (9) que evitou condenar a Rússia pela guerra, mas apelou a todos os Estados para não usarem a força para tomar território. A Rússia diz que está conduzindo uma “operação militar especial” no país.

    Veja também — Lula: Putin não será preso se vier ao Brasil

    “Houve negociações muito difíceis sobre a questão da Ucrânia; em primeiro lugar, a posição coletiva dos países e parceiros do Brics funcionou, tudo se refletiu de forma equilibrada”, disse Svetlana Lukash, negociadora do governo russo no G20, segundo a agência de notícias russa Interfax.

    O Brics agrupa Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

    Nas semanas que antecederam a cúpula, os países do G20 lutaram para encontrar um consenso sobre a questão do conflito da Ucrânia, com o Ocidente exigindo que os países apelassem a Moscou contra a invasão.

    Enquanto isso, a Rússia dizia que bloquearia qualquer resolução que não refletisse os seus pontos de vista.

    G20 dividido e em crise

    “Esta foi uma das cúpulas do G20 mais difíceis nos quase vinte anos de história do fórum. Foram necessários quase 20 dias para chegar a acordo sobre a declaração antes da cúpula e cinco dias aqui no local”, disse Lukash.

    “Isto se deve não apenas a algumas divergências sobre o assunto da Ucrânia, mas também a diferenças de posições sobre todas as questões-chave, principalmente as das mudanças climáticas e a transição para sistemas energéticos de baixo carbono”, complementou.

    Uma autoridade da União Europeia, que não quis ser identificada, pontuou neste domingo que as discussões sobre a declaração dos líderes do G20 continuaram até o último momento, e que a guerra na Ucrânia foi a questão mais controversa antes de um consenso ser alcançado.

    A fonte também elogiou a forte liderança da Índia, acrescentando que o Brasil e a África do Sul também desempenharam um papel crucial nas negociações.

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, estão entre os participantes na cúpula organizada pelo primeiro-ministro Narendra Modi, da Índia, que procurou desempenhar um papel fundamental no equilíbrio dos interesses do sul global com os do Ocidente.

    O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia disse que a declaração de Nova Délhi “não era motivo de orgulho”, acrescentando que a presença ucraniana teria dado aos participantes uma melhor compreensão da situação.

    Mais Recentes da CNN