Rússia repeliu três contra-ataques da Ucrânia em Kursk, diz ministério

Ofensiva de Kursk foi a primeira invasão terrestre contra a Rússia por uma potência estrangeira desde a Segunda Guerra Mundial

Da CNN Brasil
Comandante de unidade de drones da Ucrânia em território controlado pelas forças ucranianas em Kursk, na Rússia
Comandante de unidade de drones da Ucrânia em território controlado pelas forças ucranianas em Kursk, na Rússia  • Ed Ram/Para o The Washington Post via Getty Images
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Tropas da Rússia repeliram três contra-ataques da Ucrânia na região de Kursk durante a noite, disse o Ministério da Defesa russo neste domingo (9), segundo a agência de notícias estatal TASS.

A pasta pontuou que tropas ucranianas tentaram um contra-ataque no oeste da região de Kursk, perto das vilas de Ulanok e Cherkasskaya Konopelka na quinta-feira (6, mas foram derrotadas.

A Reuters não conseguiu obter confirmação independente dos combates relatados.

A ofensiva de Kursk foi a primeira invasão terrestre da Rússia por uma potência estrangeira desde a Segunda Guerra Mundial.

Com o avanço, a Ucrânia visa conter os ataques russos no leste e nordeste, forçar a Rússia a recuar as forças que avançavam gradualmente no leste ucraniano e garantir uma vantagem extra em quaisquer negociações de paz futuras.

Entenda a guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.

Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.

Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.

As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.

O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.

A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.

O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente - e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.

*com informações da Reuters