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    Russos são acusados de tortura e assassinato na República Centro-Africana

    Evidências obtidas pela CNN mostram abusos cometidos por mercenários, que podem configurar crimes de guerra

    Tim Lister, Sebastian Shukla e Clarissa Ward, da CNN

    Fatouma estava em casa com os filhos na cidade de Bambari quando começaram os disparos. Era a tarde de 15 de fevereiro.

    Aterrorizada, ela os reuniu e fugiu para a mesquita próxima, pensando que seria um refúgio seguro nesta cidade mercantil da República Centro-Africana (RCA).

    Mas, em vez de encontrar abrigo dentro de suas paredes, ela e dezenas de outras pessoas – homens, mulheres e crianças – tornaram-se alvos. Seus dois filhos foram baleados, mas sobreviveram. Pelo menos uma dúzia de vítimas não teve a mesma sorte.

    “Foram os russos e a FACA”, acusou Fatouma. FACA é a sigla do exército da RCA.

    Apoiados por pelo menos um helicóptero de combate, mercenários russos atacaram o bairro enquanto caçavam rebeldes conhecidos como Seleka. Porém, de acordo com várias testemunhas, eles abriram fogo indiscriminadamente contra civis, muitos deles escondidos na mesquita de Al Taqwa.

    “Não foi encontrado um único membro Seleka na mesquita”, disse Fatouma. “Foi apenas a população civil que eles mataram. Não vimos sequer um cadáver de Seleka no chão, foram nossos filhos que eles mataram”.

    Bangui, capital da República Centro-Africana
    Bangui, capital da República Centro-Africana
    Foto: Siegfried Modola/Getty Images (18.mar.2021)

     

    A CNN mudou os nomes de testemunhas e vítimas para protegê-los de uma possível retaliação.

    Outras fontes locais dizem que dois Seleka podiam estar escondidos na mesquita, mas estavam desarmados.

    Buracos de bala na mesquita al Taqwa em Bambari, República Centro-Africana, em f
    Buracos de bala na mesquita al Taqwa em Bambari, República Centro-Africana, em foto de maio de 2021
    Foto: CNN

    O incidente em Bambari é um dos muitos investigados pela CNN e pela organização The Sentry que mostram uma ampla gama de abusos de direitos humanos por mercenários russos enviados para a RCA.

    O Sentry é um grupo investigativo independente, cofundado por George Clooney e John Prendergast, que segue o dinheiro conectado a atrocidades em massa.

    Apesar de um clima generalizado de medo, dezenas de pessoas na República Centro-Africana falaram de execuções sumárias, casos de estupro e tortura e ataques indiscriminados a civis, incluindo o incêndio de casas.

    A CNN e o Sentry falaram com várias testemunhas dos eventos em Bambari naquela tarde. Segundo alguns, vários civis foram baleados a sangue frio quando os russos e as tropas locais ordenaram que as pessoas deixassem a mesquita no final da tarde.

    Buracos de bala na mesquita al Taqwa em Bambari, República Centro-Africana, em f
    Buracos de bala na mesquita al Taqwa em Bambari, República Centro-Africana, em foto de maio de 2021
    Foto: CNN

    Um homem de 20 anos, Abdoulaye, disse à CNN que saiu com vários outros, com as mãos para cima. Eles foram revistados, mas em seguida os russos e a FACA começaram a atirar.

    “Estávamos a cinco metros deles quando abriram fogo”, contou o homem, usando as mãos para mostrar o que aconteceu. “Quatro pessoas foram fuziladas, outra escapou por um muro”.

    Uma bala atingiu Abdoulaye na perna enquanto ele corria. Ele se escondeu por quase 10 horas porque o acesso ao hospital local foi bloqueado pela FACA. Dias depois, a perna precisou ser amputada abaixo do joelho.

    Outros disseram à CNN que foram alvejados por helicópteros russos naquela tarde. A CNN confirmou que vários helicópteros de combate russos foram enviados para o país no início deste ano.

    O número total de mortos dentro e ao redor da mesquita naquela tarde de fevereiro é desconhecido; mas, pelas contas feitas pela CNN, foi algo entre uma dúzia e 20. Não foi um incidente isolado.

    A CNN e o Sentry obtiveram documentos confidenciais da ONU que apoiam as acusações contra os mercenários russos feitas por testemunhas e vítimas.

    Um relatório compilado pelas forças de paz da ONU na RCA, chamado de Minusca, disse que em Bambari “a FACA e as forças bilaterais, especialmente russos e elementos que se acredita serem sírios, podem ter cometido crimes de guerra, especialmente na execução de civis e outros indivíduos que não eram parte nas hostilidades”.

    Fontes disseram à CNN que um número desconhecido de mercenários sírios que lutavam por empreiteiros russos na Líbia foi posteriormente enviado para a RCA. A CNN já havia relatado sobre a presença deles na Líbia.

    Em seu relatório sobre o incidente em Bambari, o Grupo de Trabalho da ONU (UNWG) sobre Mercenários disse que os russos foram “acusados de usar força excessiva e bombardear locais protegidos, como uma mesquita e campos de pessoas deslocadas”.

    Uma mulher em Bambari chamada Adja disse à CNN que seu marido se abrigou na mesquita. “Mesmo com os civis abrigados lá, os russos atiraram”, afirmou. “Por três dias, os russos não permitiram que recuperássemos os corpos”.

    Outra mulher, Djibrila, disse à CNN que seu filho de 15 anos foi morto por russos atirando de um helicóptero. Quando o marido dela tentou encontrar o filho, ele também foi atacado, morrendo no hospital quatro dias depois.

    “Meu marido foi enterrado junto com meu filho de 15 anos”, disse Djibrila, embalando seu bebê.

    A equipe da Minusca que investigou o incidente em meados de março relatou que três homens teriam sido “executados” pelas forças da FACA e russas. “Esses três homens não estavam armados quando foram presos na entrada da mesquita”, segundo o relatório confidencial da Minusca.

    Duas semanas depois, a ONU revelou publicamente suas preocupações, com especialistas dizendo que receberam “e continuam recebendo relatórios de graves abusos dos direitos humanos e violações do direito internacional humanitário, atribuíveis a militares privados que operam em conjunto com as forças armadas da RCA (FACA) e, em alguns casos, os mantenedores da paz da ONU”.

    O UNWG enviou uma lista de denúncias aos governos da Rússia e à RCA, bem como a representantes de empreiteiros militares.

    Um membro do grupo de trabalho, Sorcha MacLeod, disse à CNN: “Estamos vendo algumas das mais graves violações dos direitos humanos e do direito humanitário. E numa escala generalizada. As pessoas no local estão absolutamente apavoradas”.

    MacLeod, professora de direito da Universidade de Copenhague, acrescentou: “Reunimos evidências de uma ampla variedade de fontes, e isso é confirmado”.

    O UNWG não recebeu resposta da empresa que administra a operação mercenária. O governo russo negou as acusações e insistiu que os empreiteiros da RCA estão “desarmados e não participam das hostilidades”. O governo da RCA também negou as acusações, mas disse que um inquérito estabeleceria os fatos.

    Missão em expansão

    Em 2017, o Conselho de Segurança da ONU suspendeu um embargo de armas à República Centro Africana, concordando com o envio de 175 treinadores russos para o exército local.

    Foi a porta de entrada para os russos.

    Um ex-oficial de inteligência militar russo, Valery Zakharov, tornou-se o conselheiro de segurança do presidente da RCA, Faustin-Archange Touadera.

    Mas, como a CNN relatou anteriormente, todos, exceto cinco dos treinadores que chegaram junto com um grande suprimento de armas, não eram militares russos, mas empreiteiros privados, contratados por empresas ligadas a um oligarca russo próximo ao presidente Vladimir Putin, Yevgeny Prigozhin.

    Um documento da Minusca obtido pelo Sentry estima que haja agora cerca de 2.300 mercenários na RCA, incluindo o contingente sírio.

    Ao lado dos paramilitares ruandeses e das tropas do próprio país, eles estão treinando muito menos e lutando muito mais, especialmente desde que uma contraofensiva contra grupos rebeldes começou em janeiro.

    Os russos também importaram veículos blindados, helicópteros de combate, como Mi8 e Mi-24, e drones.

    Uma fonte disse ao Sentry: “Eles têm drones que usam o tempo todo para localizar pessoas”.

    Além disso, de acordo com um documento interno da Minusca obtido pelo Sentry e revisado pela CNN, os mercenários russos estão usando o mesmo tipo de minas antipessoais que usavam na Líbia.

    Todos os lados do conflito na RCA foram acusados de violações dos direitos humanos, mas o papel dos russos nas linhas de frente tornou-se profundamente problemático para as forças de paz da ONU no país.

    O escritório do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU disse em março que “os agentes estatais [da RCA] e seus aliados matam civis arbitrariamente” e que as pessoas foram “torturadas, maltratadas e presas arbitrariamente”.

    Várias organizações de direitos humanos e de ajuda na RCA não quiseram comentar sobre os incidentes envolvendo os mercenários, citando o risco para seus funcionários.

    Uma equipe da CNN que solicitou permissão para visitar o país neste mês para fazer uma reportagem sobre a segurança e a situação humanitária teve o credenciamento para visita repetidamente negado.

    As autoridades deram várias explicações. Em uma mensagem de texto o ministro das Comunicações, Ange Kazagui, disse à CNN: “Nossa posição é mantida, ou seja, que seus antecedentes e as evidências que temos não nos apoiam na concessão dos credenciamentos solicitados”.

    A mensagem parece fazer referência à reportagem da CNN de 2019 feita no país sobre as ligações entre a presença mercenária russa e lucrativas concessões de mineração.

    Número de instrutores do CAR subiu de 170 em 2017 para 2.300 em 2021
    Número de instrutores do CAR subiu de 170 em 2017 para 2.300 em 2021. Imagem de maio de 2018
    Foto: Seb Shukla/CNN

    Um padrão macabro

    Os relatos de abusos aumentaram desde o final de dezembro, quando mercenários russos se juntaram a uma ofensiva do governo contra grupos rebeldes que tentaram avançar na capital.

    Em uma carta de março a Ivan Mechetin, representante da força mercenária russa na RCA, o UNWG escreveu que: “a implantação de seu pessoal parece ter contribuído para a rápida escalada e intensificação das hostilidades, resultando em danos e sofrimento para civis”.

    Além dos assassinatos em Bambari, a CNN e o Sentry coletaram testemunhos sobre muitos outros incidentes.

    No final de dezembro, mercenários russos abriram fogo contra um caminhão que não parou em um posto de controle.

    A CNN falou com o motorista do caminhão, Malik, que teve a mão ferida no incidente – e ela precisou ser posteriormente amputada. Ele disse que três pessoas foram assassinadas, incluindo um funcionário do grupo Médicos Sem Fronteiras (MSF). O MSF confirmou a morte, mas não quis comentar mais.

    Um relatório interno da Minusca “confirmou que o uso excessivo da força pelos membros russos no posto de controle” deixou três civis mortos. Além disso, o documento disse que os impactos das balas “podem indicar que os atiradores pretendiam matar o maior número possível de pessoas”.

    Um vídeo feito por drone da ONU, cuja geolocalização foi feita pela CNN, mostrou casas sendo incendiadas em um vilarejo próximo à cidade de Bossangoa, em 23 de fevereiro.

    De acordo com um documento interno da Minusca, “forças bilaterais queimaram casas em uma vila situada a 13 quilômetros de Bossangoa”. O termo bilateral significa membros da FACA e russos.

    Em 14 de março, um grupo de russos matou a tiros o chefe de uma aldeia perto de Bambari depois de acusá-lo de simpatizar com os rebeldes, de acordo com um líder comunitário de uma aldeia vizinha, que falou com o Sentry sob condição de anonimato.

    O líder comunitário disse que os russos incendiaram 60 casas e roubaram motocicletas e outros bens.

    Ele também afirmou que os russos agrediram várias mulheres. Algumas fugiram para o mato para escapar. A professora MacLeod disse à CNN que em muitos conflitos “quando não há supervisão, onde não há monitoramento de suas atividades, o risco de violência sexual de gênero vai às alturas”.

    Os abusos dos russos incluem ainda o sequestro de líderes comunitários. De acordo com um documento da Minusca, quatro membros da comunidade Fulani foram “extraídos” da cidade de Bria e levados de avião para um “destino desconhecido”. A CNN viu fotos dos homens, com capuzes na cabeça, sendo colocados em um avião por mercenários russos na pista de pouso local no final de abril.

    O documento da Minusca acrescenta que o incidente “causa grande ansiedade na população, com o temor do desaparecimento”, e insta a uma investigação imediata sobre para onde os quatro podem ter sido levados.

    Várias testemunhas disseram à CNN e ao Sentry que os russos tinham uma base fora de Bambari onde a tortura era comum.

    Nimery, de 39 anos, disse que ele e outros foram levados para a base e amarrados juntos. Detido por uma semana, ele disse que foi espancado e esfaqueado no pé com uma baioneta.

    Ainda usando uma bandagem no tornozelo, Nimery escolheu as palavras com cuidado. “Os russos eram perversos e bárbaros”, contou.

    Outro relato veio de um jovem de 16 anos que foi detido com seu irmão pelas tropas locais no final de fevereiro e levado para um acampamento russo nos arredores de Bambari.

    Ele disse que foi espancado até desmaiar e, quando recobrou a consciência, viu seu irmão “coberto de sangue, amarrado como um animal, com os pés e as mãos amarrados nas costas”.

    Os interrogadores acusaram os dois de serem rebeldes Seleka. Quando seu irmão foi finalmente liberado, disse o adolescente, ele ficou inconsciente no hospital por três dias.

    Dilema da ONU

    Para os 15 mil soldados das forças de paz da ONU de muitas nações destacados para a RCA, a presença de mercenários russos se tornou um dilema.

    O chefe da Minusca, Mankeur Ndiaye, disse em abril que havia discutido alegações de abusos de direitos humanos cometidos pelos russos em uma reunião em Moscou com o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia. As autoridades russas teriam então prometido total cooperação com as investigações da ONU.

    Zakharov (o conselheiro russo do presidente Touadera) respondeu de volta poucas horas depois. “As declarações de M. Ndiaye são falsas e não têm relação com a realidade”, tuitou.

    As coisas só pioraram desde então, com protestos regulares contra a Minusca em Bangui e ataques frequentes ao seu desempenho por ministros do governo da RCA.

    No final de maio, Ndiaye condenou “a mobilização de jovens de 13 e 14 anos que deveriam estar na escola e que estão recebendo dinheiro para protestar em frente à Minusca exigindo a saída da Minusca”.

    Ao mesmo tempo, o chefe das missões de paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, disse que houve “vários casos preocupantes de dificuldades com as Forças Armadas da África Central e seus parceiros”.

    A Minusca disse à CNN na segunda-feira (14) que seu “relatório sobre violações dos direitos humanos está sendo finalizado em coordenação com o Escritório do Alto Comissariado de Direitos Humanos e será lançado em breve”.

    A busca por ouro

    Como a CNN relatou anteriormente, a crescente presença russa na RCA atende a vários objetivos. Várias empresas ligadas aos mercenários fazem parte do império empresarial de Yevgeny Prigozhin.

    Entre elas estão Sewa Services, Wagner PMC e Lobaye Invest. O magnata Prigozhin negou qualquer ligação com a Wagner e se recusou repetidamente a falar com a CNN.

    Especialistas da ONU disseram em março que estavam “profundamente perturbados” pelos papéis interligados de todos e “suas conexões com uma série de ataques violentos que ocorreram desde as eleições presidenciais” em dezembro.

    Para explorar essas concessões de mineração, as empresas precisam de controle territorial. A análise da CNN sobre o foco da atividade mercenária russa mostra que ela está concentrada em áreas ricas em minerais.

    Perto de Bambari, em Ndassima, por exemplo, existem extensos depósitos de ouro.

    No ano passado, o governo da RCA revogou a licença de uma empresa canadense em Ndassima. De acordo com documentos obtidos pelo Sentry e vistos pela CNN, o Ministério de Minas deu então uma concessão de 25 anos a uma empresa chamada Midas Ressources, que foi listada como sendo russa.

    O Sentry colheu testemunhos de várias pessoas que dizem que os mercenários expulsaram os habitantes locais das minas. Um homem contou que mercenários russos executaram sumariamente supostos rebeldes em um vilarejo próximo a depósitos de ouro e diamantes. Ele disse ao Sentry: “Tudo o que é minerado é a prioridade deles… Em Bambari, nos bairros de Bornou e Adji, eles saqueiam em busca de ouro e diamantes”.

    Um líder comunitário de um vilarejo ao sul de Bambari relatou que, quando os russos e as tropas do RCA encontraram moradores em uma mina de ouro, eles cortaram suas gargantas, acrescentando que “eles querem criar medo para que as pessoas não voltem mais para a área de mineração”.

    De acordo com John Prendergast, cofundador da organização The Sentry. “este novo modelo lucrativo de pilhagem representa uma ameaça que se espalha rapidamente, causando morte e devastação, e minando a paz e a segurança não apenas na África Central, mas em outros pontos críticos ao redor do mundo”.

    Outdoor com propaganda russa em Bangui, na República Centro-Africana
    Outdoor com propaganda russa em Bangui; a mensagem diz: “A Rússia lado a lado com a República Centro-Africana; fale pouco e trabalhe muito”
    Foto: CNN

    Os russos não hesitaram em anunciar sua presença militar na RCA.

    Um filme mostrando mercenários russos lutando ao lado de tropas locais contra rebeldes foi feito na principal base russa em Berengo e teve uma estreia de gala no estádio esportivo de Bangui em maio.

    Uma legenda na tela antes do filme dizia que era “dedicado aos heroicos defensores da África Central e da Rússia que libertaram a África Central”.

    O filme foi produzido por uma empresa russa ligada ao império empresarial do magnata Prigozhin.

    Os russos agora exercem uma influência avassaladora sobre o governo do presidente Touadera e, a julgar por suas respostas – nos níveis governamental e privado – parecem preferir ignorar o padrão de acusações em vez de abordá-las.

    “De forma inaceitável, parece não haver investigações e nenhuma responsabilização por esses abusos”, de acordo com os especialistas da ONU.

    Como disse um civil sobre sua experiência nas mãos dos mercenários: “Não há clareza, nem acusações; alguém pode ser executado por nada”.

    A França, a antiga potência colonial que dominou o país, expressou preocupação com a situação. Em uma entrevista no mês passado, o presidente Emmanuel Macron descreveu o presidente Touadera como refém do grupo Wagner, e neste mês a França suspendeu a cooperação militar com a RCA.

    O governo da RCA, entretanto, solicitou outros 600 treinadores russos. O vice-embaixador da Rússia na ONU, Dmitri Polansky, prometeu que, se forem destacados para a região, eles serão desarmados.

    (Texto traduzido, leia o original em inglês)

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