Segundo maior hospital de Gaza está sob ataque, diz entidade palestina

Ataques aéreos israelenses estão “colocando em risco a vida do dedicado pessoal médico” e de milhares de civis, segundo o Crescente Vermelho Palestino

Abeer Salman, da CNN
Compartilhar matéria

O hospital Al-Quds, o segundo maior da cidade de Gaza, e a área ao seu redor têm sido alvo de ataques crescentes nos últimos dias, ferindo várias pessoas e danificando a estrutura da unidade de saúde, segundo a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino.

Os ataques aéreos israelenses estão “colocando em risco a vida do dedicado pessoal médico” e de milhares de civis na área, disse o Crescente Vermelho em um comunicado nesta quinta-feira (2).

Veículos militares israelenses dispararam tiros “indiscriminadamente” na área, a cerca de 1 quilômetro ao sul do hospital, ferindo uma criança e um jovem que estavam em frente ao centro médico.

As munições também atingiram o abrigo do sexto andar do hospital para mulheres e crianças, de acordo com a organização de ajuda.

O incêndio ainda danificou as unidades centrais de ar condicionado do hospital e um dos seus tanques de água, continuou o Crescente Vermelho.

A entidade também acusou as Forças de Defesa de Israel (FDI) de dispararem contra uma ambulância enquanto trabalhadores humanitários transferiam palestinos mortos e feridos. Foram divulgadas imagens de dois paramédicos que, segundo o Crescente Vermelho, sofreram ferimentos por arma de fogo e estilhaços.

A CNN entrou em contato com a FDI para comentar a questão.

Em declarações anteriores, as Forças de Defesa afirmaram que “solicitaram e continua a solicitar que todos os civis se deslocassem para o sul de Wadi Gaza para maior segurança”.

O hospital está localizado no bairro de Tal Al Hawa, na cidade de Gaza, ao norte de Wadi Gaza – a linha ao sul da qual Israel pediu para as pessoas fugirem.

O Crescente Vermelho disse no último domingo (29) que recebeu um aviso dos militares israelenses para evacuar imediatamente antes de um possível bombardeio – uma tarefa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou “impossível” sem colocar em risco a vida dos pacientes.

O Hospital Al-Quds está tratando centenas de pacientes, incluindo feridos, pacientes em terapia intensiva e crianças em incubadoras, disse a entidade. Milhares de civis deslocados internamente também foram abrigados no hospital.

Veja também: Veja imagens que mostram antes e depois do ataque de Israel a Jabalia

Esse conteúdo foi publicado originalmente em
inglêsVer original