Trump critica países da Europa por compra de petróleo e gás da Rússia

Presidente dos Estados Unidos declarou que aplicará novas punições a Moscou pela guerra na Ucrânia até nações europeias que interrompam compras

Kevin Liptak, da CNN
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repreendeu duramente os países europeus por continuarem comprando petróleo e gás russos, declarando que não aplicaria novas punições a Moscou pela guerra na Ucrânia até que interrompessem suas compras.

“É constrangedor para eles, e foi muito constrangedor para eles quando eu descobri”, disse Trump. “Eles precisam cessar imediatamente todas as compras de energia da Rússia. Caso contrário, estaremos todos perdendo muito tempo.”

Os países europeus reduziram drasticamente suas compras de petróleo da Rússia desde a invasão da Ucrânia, mas continuam comprando gás natural.

Dois países, Hungria e Eslováquia, respondem pela maior parte das compras europeias de petróleo russo.

O presidente americano identificou a China e a Índia como os “principais financiadores da guerra em curso, continuando a comprar petróleo russo”, mas acusou os países europeus de também contribuírem.

Trump afirmou que os EUA estavam “totalmente preparados para impor uma rodada muito forte de tarifas poderosas” à Rússia se o país não concordasse com um acordo de paz, mas disse que os países europeus “teriam que se juntar a nós na adoção das mesmas medidas”.

Ele reconheceu sarcasticamente que os líderes europeus ficariam “emocionados” ao ouvir sua repreensão pública, “mas é assim que as coisas são”.

Anteriormente, Trump disse acreditar que a guerra na Ucrânia teria sido mais fácil de resolver “por causa do meu relacionamento com o presidente Putin, que sempre foi bom”.

Os EUA importaram US$ 755 milhões em urânio e plutônio russos até agora neste ano, ante US$ 624 milhões no ano passado, durante o governo Biden.

Questionado sobre isso, o secretário do Interior, Doug Burgum, disse à CNN a bordo do Air Force One no domingo (26): “Os americanos comprando urânio da Rússia não é aceitável. E por isso estamos trabalhando arduamente... para garantir que tenhamos um plano para que os Estados Unidos possam retornar à produção doméstica de urânio enriquecido o mais rápido possível”.