Vídeo: Estátua do ex-presidente e pai de Bashar al-Assad é derrubada na Síria

Manifestantes foram vistos em Hama, após rebeldes sírios terem capturado a cidade na quinta (5)

Mahezabin Syed e Reim Nahaboo, da Reuters
Estátua de Hafez al-Assad, ex-presidente e pai do atual presidente da Síria, Bashar al-Assad, sendo derrubada em Hama.
Estátua de Hafez al-Assad, ex-presidente e pai do atual presidente da Síria, Bashar al-Assad, sendo derrubada em Hama.  • REDE SOCIAL
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Imagens divulgadas em redes sociais mostraram a estátua de Hafez al-Assad, pai do presidente da Síria, Bashar al-Assad, sendo derrubada na quinta-feira (5).

Multidões foram registradas em Hama gritando “Deus é Grande”, enquanto a estátua era derrubada por manifestantes da oposição. Veja momento:

Hafez al-Assad foi presidente de 1971 até 2000, quando morreu e Bashar al-Assad assumiu o poder.

A Reuters conseguiu confirmar a localização do vídeo.

Os rebeldes sírios estão realizando os maiores avanços em campo de batalha desde o início da guerra civil, há 13 anos.

Eles capturaram a principal cidade do norte, Aleppo, na semana passada, antes de avançarem para Hama, no centro do país, em direção o sul.

Entenda o conflito na Síria

A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.

O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.

Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.

Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma "guerra por procuração".

A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.

Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte "adormecido", com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.

Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.