Zelensky alerta para situação crítica na usina nuclear de Zaporizhzhia
Presidente da Ucrânia disse que bombardeios russos cortaram o fornecimento de energia elétrica para a instalação
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta terça-feira (30) que a situação na usina nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia, tornou-se crítica. Os bombardeios estão impedindo os esforços para restaurar as linhas de energia externas da usina.
Durante um pronunciamento, Zelensky disse que um dos geradores a diesel que forneciam serviços de emergência não estava mais funcionando, acrescentando que a usina está sem energia há sete dias.
"Este é o sétimo dia. Nunca antes houve uma situação de emergência como essa na usina de Zaporizhzhia. A situação é crítica. Os bombardeios russos cortaram o fornecimento de energia elétrica para a usina", disse o presidente ucraniano.
As forças russas tomaram a usina de Zaporizhzhia nas primeiras semanas da invasão à Ucrânia em fevereiro de 2022.
Atualmente, forças russas controlam cerca de dois terços da região.
Os últimos ataques em Zaporizhzhia aconteceram em agosto, quando um incêndio se espalhou pelas instalações da usina e quando forças russas danificaram as principais instalações de gás da Ucrânia, algumas das quais estão localizadas na cidade.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra.
Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
A Ucrânia tem realizado ataques cada vez mais ousados dentro da Rússia e diz que as operações visam destruir infraestrutura essencial do Exército russo.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.


