Na Moldávia, Zelensky pressiona por entrada na Otan
Presidente ucraniano pediu aos membros da aliança militar que tomem uma decisão clara e também reiterou pedidos de caças ocidentais para proteger os céus de seu país, após outro ataque mortal em Kiev
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pressionou pela entrada de seu país na aliança militar da Otan ao se juntar aos líderes europeus nesta quinta-feira, para uma cúpula na Moldávia, perto da fronteira ucraniana, antes de uma esperada contraofensiva diante da invasão russa.
Dirigindo-se aos líderes no início da reunião, Zelensky pediu aos membros da Otan que tomem uma decisão clara sobre a admissão da Ucrânia e também reiterou pedidos de caças ocidentais para proteger os céus ucranianos após outro ataque mortal em Kiev.
Ele falou enquanto as divisões entre os membros da Otan ficaram evidenciadas sobre a velocidade da adesão da Ucrânia, com alguns temendo que um movimento precipitado possa aproximar a aliança de um confronto direto com a Rússia.
A cúpula dos 27 Estados membros da União Europeia e 20 outros Estados europeus está sendo realizada em um castelo na região vinícola da Moldávia, a apenas 20 km do território ucraniano e perto da região separatista da Transnístria, apoiada pelo Kremlin, no país.
Os líderes usam a ocasião como uma demonstração simbólica de apoio à Ucrânia e à Moldávia, ao mesmo tempo em que abordam outras questões, incluindo o aumento das tensões étnicas no Kosovo e os esforços para uma paz duradoura entre a Armênia e o Azerbaijão.
Realizada sob o olhar atento dos aviões de vigilância da Otan, a cúpula foi um desafio de segurança e organização para a Moldávia, uma ex-república soviética de 2,5 milhões de pessoas que busca um caminho para a adesão à UE ao mesmo tempo em que é cautelosa com a Rússia. A Moldávia fechou seu espaço aéreo, exceto para os aviões oficiais de delegação.
“Este ano é para decisões”, disse Zelensky, falando em inglês, acrescentando que as esperanças da Ucrânia na Otan se baseiam na “unidade em toda a aliança, e nós trabalhamos nisso”.
(Colaboraram Olena Harmash, Benoit Van Overstraeten e Alexander Tanas)