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    Área queimada no Brasil quase dobrou em um ano, diz MapBiomas

    De acordo com a pesquisa, foi a maior extensão atingida nos últimos seis anos

    Fernanda Palharesda CNN* , em São Paulo

    Pesquisa do projeto MapBiomas revela que a área queimada no Brasil em 2024 quase dobrou em relação ao ano anterior, acumulando uma diferença de 14 milhões de hectares a mais. Ao todo, 29,7 milhões de hectares foram queimados, 90% a mais do que no ano de 2023 e a maior extensão dos últimos seis anos. O período analisado foi de janeiro até novembro.

    A Amazônia foi a mais afetada no período entre janeiro e novembro. Foram queimados 7,6 milhões de hectares de florestas, segundo o levantamento.

    O segundo bioma mais afetado foi o Cerrado, somando mais de 9,6 milhões de hectares. No Pantanal, a área queimada foi de 1,9 milhão de hectares durante o período estudado.

    Nos demais biomas, a área queimada foi de 1 milhão de hectares na Mata Atlântica; 297 mil hectares na Caatinga e 3,3 mil hectares no Pampa.

    Nos 11 primeiros meses deste ano, o estado que mais teve queimadas foi o Pará, acumulando 23% de toda a área queimada no Brasil. Logo depois estão Mato Grosso e Tocantins, com 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares, respectivamente.

    A vegetação nativa foi a mais atingida pelo fogo, com 73% do total, sendo a mais afetada em novembro. As pastagens somaram 6,4 milhões de hectares queimados: 21% do total nacional.

    A Amazônia representa 81% do total queimado em novembro. Os 1,8 milhão de hectares representam o dobro em relação à média para o mês nos últimos seis anos.

    “Esse crescimento da área queimada na Amazônia reflete não apenas a intensificação das atividades humanas, mas também a continuidade de condições climáticas adversas, com a seca que já marcava 2023 e se prolongando por 2024. Este aumento considerável evidencia a crescente vulnerabilidade das florestas diante da seca prolongada e da pressão do desmatamento”, explicou Felipe Martenexen, pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e da equipe do Monitor do Fogo do MapBiomas.

    A CNN procurou o Ministério do Meio Ambiente pra obter um posicionamento, mas ainda não recebeu resposta.


    * Sob supervisão

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