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    Blitz da prefeitura de SP pra fechar comércio vai mirar bares e casas noturnas

    Entenda como será mega operação de fiscalização

    Pedro Duran , Da CNN Brasil, em São Paulo

    Nesta sexta-feira (20), cerca de 400 fiscais da prefeitura de São Paulo se concentrarão nas administrações regionais às 7h da manhã pra fazer uma mega operação de fiscalização do comércio. O objetivo é impedir que mantenham abertas as portas os bares, casas noturnas e o varejo de modo geral. A reportagem da CNN Brasil teve acesso a detalhes do plano operacional desta blitz.

    O foco principal são áreas de grande circulação e aglomeração, como a região da rua 25 de Março, por onde passam diariamente 300 mil pessoas. Eles ainda miram os bairros do Brás e Bom Retiro, no centro, tradicionais pela venda de roupas, e áreas com muitas lojas variadas, como o Largo 13, na Zona Sul, e centros populares dos bairros de São Miguel, Penha e Itaquera, na Zona Leste. Outro ponto crítico é a Vila Madalena, na Zona Oeste, tradicional pela concentração de bares, mas que já vem tendo movimento reduzido.

    Shopping Cidade de São Paulo fechado
    19.mar.2020 – Pouquíssimos pedestres passam pela fachada do Shopping Cidade São Paulo, na avenida Paulista, região central da capital, fechado para o público
    Foto: FÁBIO VIEIRA/FOTORUA/ESTADÃO CONTEÚDO

    Como será a fiscalização?

    Na primeira fase da blitz, o trabalho será de “sensibilização”, até porque a informação pode não ter chegado a todos os comerciantes. Quem insistir em manter as portas abertas, desrespeitando o decreto publicado nesta quinta, terá o comércio interditado. Possíveis multas e seus valores ainda são discutidos pela administração municipal.

    Os cerca de 400 fiscais se reunirão nas sedes das 32 subprefeituras às 7h da manhã para a concentração. Receberão as instruções iniciais e sairão acompanhados da Guarda Civil Metropolitana (GCM) entre 8h e 9h da manhã.

    A prefeitura ainda estuda o uso de gradeado metálico pra interromper o fluxo de pessoa em algumas regiões ou a instalação de viaturas permanentes da GCM pra evitar que os comerciantes desrespeitem a ordem de interromper o atendimento presencial ao público. Quem fizer isso, pode até ser preso por desrespeitar o Código Sanitário e ter o alvará que permite o funcionamento do estabelecimento cancelado pela prefeitura.

    “É uma doença que não vai ser vencida pela repressão. Ela precisa do apoio da sociedade. Se a sociedade não ajudar, não há força policial que consiga controlar isso”, diz o secretário municipal de Subprefeituras, Alexandre Modonezi.

    Comércio será impedido de trabalhar?

    A ordem estabelecida no decreto é abaixar as portas pra evitar aglomeração de clientes e contato físico entre pessoas. Todos os estabelecimentos poderão seguir funcionando internamente, com trabalhos administrativos, controle e atualização de estoque, produção de itens ou até mesmo vendas individuais, mas com entrega por delivery ou via transportadora.

    A princípio os bares que também funcionam como restaurante, com venda de alimentos, não serão fechados, com exceção daqueles que tiverem movimento intenso, com concentração de pessoas. Nenhuma casa noturna poderá funcionar na cidade nos próximos dias.

    Serviços considerados essenciais como supermercados, farmácias, feiras, lojas de ração de animais e boa parte dos restaurantes poderão seguir abertos.

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