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    Brasil livre do sarampo: país recebe recertificação após cinco anos

    Certificado será entregue ao presidente Lula e à ministra Nísia Trindade

    Thomaz CoelhoMariana Grassoda CNN* , em São Paulo

    O Brasil foi recertificado como país livre do sarampo nesta terça-feira (12) pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS).

    O certificado será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra da Saúde, Nísia Trindade.

    O país havia recebido o status em 2016, mas a reintrodução do vírus em 2018, causada pela queda na cobertura vacinal, comprometeu o controle da doença.

    Certificado foi entregue nesta terça-feira (12). • Reprodução/Youtube/Ministério da Saúde

    Em 2024, o Ministério da Saúde reforçou o Plano de Ação para reverificação do sarampo e eliminação da rubéola, com ações coordenadas em todo o país.

    O financiamento para essas medidas ultrapassou R$ 724 milhões, com investimentos em vigilância, capacitação e aquisição de imunobiológicos.

    O que é o sarampo?

    O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como infecções pulmonares, encefalite e, em casos severos, óbito.

    O vírus continua circulando em outras regiões do mundo, o que mantém o risco de reintrodução da doença nas Américas, especialmente entre pessoas não vacinadas.

    Os sintomas gerais podem incluir:

    • Febre;
    • Tosse;
    • Corrimento nasal;
    • Olhos lacrimejantes;
    • Erupção cutânea de manchas vermelhas.

    Processo de recertificação de país livre do sarampo

    A última certificação do Brasil como país livre do sarampo ocorreu em 2016, mas o retorno da doença em 2018 tornou o país endêmico novamente.

    Entre 2018 e 2022, foram confirmados 39.779 casos de sarampo no Brasil.

    Com o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação e a retomada do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 2023, o país intensificou as campanhas de eliminação da doença.

    Em novembro de 2023, a Comissão Regional da Opas/OMS classificou o Brasil como “pendente de reverificação”.

    Vacina tríplice viral

    O Ministério da Saúde destaca a importância da vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

    Em 2023, a cobertura vacinal da primeira dose aumentou para 88,4%, e em 2024 chegou a 92,3%.

    Vacina tríplice viral: vacina atenuada, contendo vírus vivos “enfraquecidos” do sarampo, da rubéola e da caxumba. • Foto: Cristine Rochol/PMPA

    A vacina é recomendada em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e em dose única para adultos de 30 a 59 anos.

    Com a recertificação do Brasil, as Américas retomam o status de região livre de sarampo endêmico. 

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