Busca pelo mapeamento genético cresce no país
No laboratório meuDNA, a demanda por testes de material genético aumentou 170% entre janeiro e abril de 2021
Muitos afrodescendentes do Brasil não sabem quais são as suas origens, pela falta de registros ocasionada pela época da escravidão. Com isso, a busca pelo mapeamento genético cresceu no Brasil.
No laboratório meuDNA, a demanda por testes de material genético aumentou 170% entre janeiro e abril de 2021. Segundo o médico e CEO da empresa, David Schlesinger, “há vários grupos que não sabem bem da própria história e têm interesse nessa ancestralidade”. “O Brasil é muito miscigenado”, diz Schlesinger.
Já no laboratório Genera, o sócio-fundador Ricardo Di Lazzaro Filho explica o funcionamento da busca pelo mapeamento genético: “Comparamos o DNA de cada cliente com bancos de dados internacionais e a aproximação desse perfil genético com cada um dos perfis da população.”
A coach e consultora de diversidade Kátia Rodrigues foi uma dessas clientes e falou sobre a motivação de buscar mais informações sobre as suas origens. “Eu ficava incomodada quando ouvia pessoas falando sobre tirar passaporte da sua ancestralidade, porque eu não fazia ideia de onde vieram meus ancestrais”, diz. “Ampliou a minha visão para a importância de trabalharmos essa valorização da diversidade.”
