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    Caso Marielle: veja buscas feitas por Ronnie Lessa no Google antes do crime

    Apontado como responsável por efetuar os disparos, Lessa fez pesquisas sobre acessórios para armas e buscou endereços ligados à vereadora

    Fábio Munhozda CNN , em São Paulo

    Meses antes do ataque a tiros que matou a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, o ex-policial militar Ronnie Lessa utilizou a internet para fazer buscas relacionadas ao crime, segundo as investigações.

    Réu no processo, Lessa é apontado como responsável por efetuar os disparos contra as vítimas. O ataque ocorreu no dia 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro.

    A informação sobre as buscas feitas pelo ex-policial militar, que está preso desde 2019, foi obtida após a quebra do sigilo telemático do réu. O conteúdo das pesquisas foi apresentado pelo promotor Eduardo Martins durante o segundo dia de julgamento de Lessa e do também ex-policial Élcio de Queiroz.

    Veja as buscas feitas por Ronnie Lessa

    Dia 23 de novembro de 2017

    Adquiriu no Mercado Livre um equipamento rastreador veicular sem fio com bateria de longa duração. Pagou R$ 777,90.

    Dia 30 de dezembro de 2017

    Pesquisa no Google por “adesivo anti radar”.

    Dia 8 de janeiro de 2018

    Pesquisa no Google por “caixa impermeável para enterrar armas de até 114 cm”. O material foi adquirido por R$ 1.399,40 e entregue na casa de Ronnie Lessa.

    Dia 21 de janeiro de 2018

    Pesquisa no Google por “desfazer a sincronização do Google Chrome”.

    Do dia 10 de novembro de 2017 ao dia 26 de fevereiro de 2018

    Pesquisas no Google por ”acessórios” para a submetralhadora HK MP5. Os acessórios seriam itens como adaptadores e silenciadores. Segundo a perícia, esse modelo de arma é o que “demonstrou maior compatibilidade com os mesmos elementos constatados no dia 14/03/2018 pelo perito responsável pelo local do crime”.

    Dia 20 de novembro de 2018

    Pesquisa no Google sobre deputados que teriam votado contra a “intervenção federal no Estado do Rio de Janeiro”. Marielle era relatora da comissão que iria acompanhar a intervenção federal no RJ.

    Do dia 17 de abril de 2017 ao dia 20 de fevereiro de 2018

    Pesquisas no Google relacionadas ao então deputado federal Marcelo Freixo, que à época estava no PSOL. Lessa também fez buscas também pela esposa e pela filha de Freixo. No primeiro dia do julgamento, Lessa afirmou que recebeu uma oferta para executar Freixo, que hoje é presidente da Embratur.

    Entre os termos pesquisados nesse período estavam: “morte ao PSOL”, “morte de Marcelo Freixo” e “Marcelo Freixo enforcado”.

    Dia 22 de fevereiro de 2018 (menos de um mês antes do crime)

    Pesquisa no Google por “acessórios” para arma de fogo. O acessório seria um trilho para montagem de mora de ferro.

    Dia 2 de março de 2018 (11 dias antes do crime)

    Faz buscas no Google por endereços de locais onde Marielle faria agendas.

    Dia 12 de março de 2018 (dois dias antes do crime)

    Pesquisa pelo endereço e pelo CPF de Marielle e da filha dela

    Dia 14 de março de 2018 (dia do crime)

    Pesquisa no Google pelo equipamento jammer –vulgarmente conhecido como “capetinha”, que serve para bloquear sinais de comunicação sem fio, como GPS, Wi-Fi e rádio. O objetivo da pesquisa seria conhecimento sobre a “legalidade” ou “ilegalidade” do equipamento.

    Veja imagens registradas após o crime:

     

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