Castro diz que reação “desproporcional” demonstra desespero da milícia: “Estamos no caminho certo”
Ataques a ônibus no RJ foram represália da milícia à morte de Faustão, vice-líder da milícia e sobrinho do líder dos milicianos
O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), afirmou, nesta terça-feira (24), que os ataques a ônibus que aconteceram na segunda-feira (23) na capital carioca foram uma reação desproporcional da milícia e demonstram que as forças de segurança do estado estão no caminho certo.
“Essa reação demonstra um desespero e esse desespero também é porque nós estamos no caminho certo da prisão dessas lideranças”, afirmou Castro durante fala à imprensa.
Ele acredita que a polícia carioca esteve muito próxima de prender Zinho, que desde 2021 é o líder do principal grupo miliciano que atua no Rio. Os ataques de segunda-feira foram praticados por um grupo de milicianos em represália à morte de Matheus da Silva Resende, de 24 anos, vice-líder da quadrilha.
Conhecido como Teteu ou Faustão, Rezende era sobrinho de Zinho e morreu horas antes durante um confronto com policiais civis numa favela de Santa Cruz, bairro da zona oeste.
Castro descarta intervenção federal
Cláudio Castro declarou também que não vê cenário para uma intervenção federal no Rio de Janeiro e justificou sua fala ao dizer que vê as polícias bem equipadas e agindo para combater a criminalidade no estado.
“A polícia está na rua, está agindo. Nós estamos em um diálogo profundo com as forças federais e eles estão vendo o que está acontecendo. Estamos fazendo o combate necessário. Se a polícia não estivesse trabalhando, não estivesse agindo, não estivesse equipe…”, defendeu o governador.
Ele afirmou ainda ter feito investimentos maiores do que os empenhados na intervenção federal. “Nós estamos vendo uma Polícia Militar e uma Polícia Civil muito melhor equipada que outrora.”
Castro afirmou ter conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e pedido um reforço na segurança das áreas que já são de responsabilidade federal no Rio de Janeiro — como os portos, aeroportos, estradas federais e a Baía de Guanabara.
“Não precisa de GLO, não precisa de lei nenhuma”, explicou.