É importante que Anvisa agilize aprovação de 2º lote, diz governador do RS
Eduardo Leite (PSDB) diz que pretende imunizar cerca de 30% dos profissionais da saúde que estão na linha de frente no estado
Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (18), Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, pediu agilidade, por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na aprovação do segundo lote da Coronavac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Sinovac, na China, em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo.
“É muito importante que se agilize a aprovação na Anvisa, claro obedecendo os critérios, mas é importante que se acelere a aprovação dos cinco milhões de doses da Coronavac que já estão disponíveis no território nacional”, avaliou.
Segundo o governador, todos estão felizes com a chegada da vacina, mas há uma preocupação com relação aos próximos passos.
“Seis milhões de doses [foram] distribuídas, que, no tamanho do país, acabam sendo rapidamente consumidas, especialmente se a gente lembrar que são duas doses”, disse o governador, explicando que seu estado recebeu 341 mil doses da Coronavac.
“A gente imagina imunizar cerca de 30% dos profissionais da saúde que estão na linha de frente”.
Para o governador, é essencial também que haja um esforço do governo federal para liberar o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) tanto para a vacina da Universidade de Oxford ser produzida na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) como para a Coronavac, que precisa ter a garantia dos insumos.
À CNN, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, afirmou que a aprovação do segundo lote da Coronavac pode sair em até nove dias.
O Instituto Butantan pediu hoje à agência a autorização para o uso emergencial de um segundo lote de 4,8 milhões de doses da Coronavac – que serão envasadas nacionalmente no instituto. Os 4,5 milhões de doses que já começaram a ser distribuídas pelo país foram importadas da China.
“Teremos que ver determinados detalhes e circunstâncias envolvendo essa questão, de uma outra linha de produção. Mas a Anvisa está devidamente aquecida e com credenciais de liderança no mundo”, disse.
“Porque a única agência que mais perto chegou da nossa marca foi a inglesa, que analisaram em nove dias um pedido de uso emergencial, enquanto nós tivemos, graças a Deus, a possibilidade de analisar dois pedidos [a Coronavac e a vacina de Oxford] no mesmo intervalo, que é um feito sem precedentes no mundo”, continuou.
E afirmou: “Vamos buscar uma marca menor que nove dias. Acredito que poderemos fazer com menos de nove. Não gosto de fazer previsões, mas penso que em menos de nove conseguiremos fazer sim.”
(Publicado por Sinara Peixoto)