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    É possível trocar cédulas de cruzeiros e cruzados no banco? Entenda

    Moedas circularam no Brasil até meados dos anos 90, mas foram oficialmente substituídas pelo real

    João Rosada CNN , Brasília

    Cruzeiros, cruzados e cédulas derivadas circularam no Brasil até meados dos anos 1990, quando foram oficialmente substituídos pelo real. No entanto, muitos brasileiros ainda se perguntam se é possível trocar cédulas e moedas antigas pela moeda atual.

    A resposta é não, segundo informou o Banco Central à CNN.

    Ainda assim, há pessoas que guardam cédulas antigas. Nesta semana, viralizou nas redes sociais a história de irmãos que encontraram uma mala com quase 32 milhões de cruzados entre os pertences de seu falecido pai.

    Neste caso, por exemplo, o Banco Central explicou que não é possível trocar o cruzado pelo real, pois o cruzado é um padrão monetário extinto, cujo prazo de recolhimento se encerrou em 31 de julho de 1989 para as cédulas de Cz$ 1 e Cz$ 5, e em 30 de setembro do mesmo ano para as cédulas de Cz$ 10, Cz$ 50 e Cz$ 100.

    Segundo especialistas ouvidos pela CNN, essas notas e moedas antigas não possuem valor financeiro, mas podem atrair o interesse de colecionadores.

    O matemático especialista em investimentos Guylherme Mattos explica que, em meio a um cenário de alta inflação, o Brasil passou por várias trocas de moeda até chegar ao real, adotado atualmente.

    “Diante das reformas para conter a inflação, o Banco Central não tem como trocar uma moeda sem validade, como o cruzeiro, pela moeda vigente, o real”, afirmou Mattos.

    No entanto, Mattos ressalta que as cédulas de cruzeiro, embora não possam ser trocadas por reais, possuem valor numismático — uma estimativa de preço no mercado de colecionadores.

    FOTOS – Notas e moedas da era do real

    “Esse valor varia conforme a raridade das cédulas, o estado de conservação e a demanda no mercado de colecionismo. Notas bem preservadas ou de edições limitadas, por exemplo, podem atingir preços significativos, sendo valorizadas como peças históricas e culturais por colecionadores”, complementou.

    O mestre em Finanças Corporativas, João Fossaluzza, compara a situação do cruzeiro com um exemplo mais recente envolvendo a cédula de 1 real.

    FOTOS – Relembre moedas comemorativas do BC

    “A legislação brasileira define prazos e procedimentos para a troca de moedas. Após a retirada de circulação, há um período específico em que a população pode fazer essa troca. Um exemplo foi a cédula de 1 real, que pôde ser trocada pela moeda correspondente por um tempo determinado,” explica Fossaluzza.

    Fossaluzza destacou que há feiras frequentes de colecionadores de moedas, onde notas antigas são compradas para enriquecer as coleções dos entusiastas.

    “Se as notas encontradas estiverem bem conservadas, podem alcançar algum valor no mercado de colecionadores, mas não servem como moeda de troca no Banco Central”, finalizou.

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