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    Enfermeira é investigada por procedimentos estéticos irregulares; pacientes foram hospitalizadas

    Ao menos sete pacientes relataram ter tido problemas em seus rostos após intervenções de Marcelane Nunes

    Gabriele Kogada CNN , São Paulo

    A enfermeira Marcelane da Silva Espíndola Nunes é investigada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) por realizar procedimentos estéticos de maneira irregular.

    Ao menos sete pacientes relataram ter tido problemas em seus rostos após intervenções de Marcelane. Os casos ocorreram nos municípios de Goiânia e Aparecida de Goiânia.

    A enfermeira não possuía capacitação profissional para atuar como esteticista, segundo a delegada responsável pelo caso, Luiza Veneranda.

    “Durante os procedimentos, foi observado que a profissional não se vestia adequadamente e não usava luvas. A investigada nunca mostrava qual era o produto que estava utilizando”, relatou a delegada.

    As vítimas declararam que sofreram complicações graves depois dos procedimentos estéticos e foram orientadas a usar remédios que não tinham eficácia. “No momento em que entravam em contato com a enfermeira, ela falava que os sintomas eram normais e insistia para que os pacientes não procurassem ajuda médica, o que agravou o problema, gerando quadros sérios de infecção”, disse a delegada. Das sete pacientes, cinco chegaram a ser hospitalizadas.

    Em nota, o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) de Goiás afirmou que instaurou um processo ético-disciplinar para apurar a conduta da profissional.

    Procurada pela reportagem, a defesa de Marcelane disse que sua cliente foi surpreendida com uma ordem de busca e apreensão. “A profissional jamais se esquivou de qualquer investigação ou de prestar esclarecimentos, se colocando sempre à disposição através de sua defesa”.

    Ainda segundo o advogado, a enfermeira prestou todos os esclarecimentos à polícia e está à disposição para eventuais esclarecimentos. “Em razão da medida desproporcional, os recursos adequados já estão sendo tomados junto ao Poder Judiciário”, afirmou Caio Fernandes.

    *Sob supervisão de Marcos Rosendo

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