Filha de Paulo Cupertino relata agressões e confinamento de oito meses
O júri popular de Cupertino começou na tarde desta quinta-feira (10) e deve se estender até a sexta-feira (11); ele é acusado de matar o ex-ator de Chiquititas Rafael Miguel, junto de seus pais;
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Paulo Cupertino Matias esteve foragido por quase três anos • Divulgação/Polícia Civil de São Paulo
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Paulo Cupertino foi preso em 16 de maio de 2022, na zona sul da cidade de São Paulo • Willian Moreira/Futura Press/Estadão Conteúdo
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Paulo Cupertino após ser preso pela Polícia Civil • Reprodução
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Rafael Miguel, ator que foi morto por Paulo Cupertino • Reprodução/Redes Sociais
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Rafael Miguel, ator que foi morto por Paulo Cupertino • Reprodução/Redes Sociais
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Rafael Miguel e família. Todos foram mortos por Paulo Cupertino • Reprodução/Redes Sociais
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Paulo Cupertino será julgado por matar Rafael Miguel, ex-ator de "Chiquititas", e sua família • Reprodução/Redes Sociais
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Paulo Cupertino será julgado por matar Rafael Miguel, ex-ator de "Chiquititas", e sua família • Reprodução/Redes Sociais
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Paulo Cupertino será julgado por matar Rafael Miguel, ex-ator de "Chiquititas", e sua família • Reprodução/Redes Sociais
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Paulo Cupertino será julgado por matar Rafael Miguel, ex-ator de "Chiquititas", e sua família • Reprodução/Redes Sociais
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Cupertino fugiu durante três anos e usou inúmeros disfarces • Reprodução
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Cupertino fugiu durante três anos e usou inúmeros disfarces • Reprodução
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Paulo Cupertino começa a ser julgado no Fórum Criminal da Barra Funda, no plenário 10. • Klaus Silva/TJSP
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Paulo Cupertino durante julgamento em SP • Klaus Silva/TJSP
Isabela Tibcherani Matias, filha de Paulo Cupertino, afirmou durante seu depoimento nesta quinta-feira (10) que foi mantida em cárcere privado por oito meses após seu pai descobrir seu relacionamento com o ex-ator Rafael Miguel.
Segundo Isabela, Cupertino a isolou completamente, sem acesso ao celular ou contato com outras pessoas.
“Fiquei presa por oito meses, sem convívio com ninguém, apenas recebendo mensagens de uma amiga”, declarou.
Ela explicou que ficou confinada em um quarto onde não podia ver a rua.
“Havia apenas um vitrô no banheiro, que dava diretamente para o comércio do meu pai”, disse.
Medo e violência
Isabela contou que, assim que o pai soube do namoro, foi buscá-la na escola, alegando que sua mãe estava machucada.
“Eu tinha muito medo dele. Ele me xingou de todos os nomes e me trancou em casa”, relatou.
Durante o depoimento, que durou cerca de 50 minutos, Isabela também detalhou o comportamento violento do pai, acusado do triplo homicídio ocorrido em 9 de junho de 2019.
“Minha mãe sempre ficava com o rosto inchado, nariz quebrado, marcas de facão nas costas e hematomas pelo corpo”, relatou.
O relacionamento com Rafael Miguel e o dia do crime
Isabela relembrou com carinho o relacionamento com Rafael, descrevendo-o como uma pessoa doce, inteligente e apegada aos valores familiares. “Ele era excepcional”, afirmou.
Sobre o dia do crime, ela contou que se encontrou com Rafael e ao voltar pra casa foi colocada para dentro pelo pai. Somente depois ouviu os disparos.
“Quando saí, vi três corpos estirados. Rafael estava sobre o corpo da mãe, e o pai dele caído ao lado do carro”, concluiu