iFood bane mulher que destratou entregador em prédio no Leblon, no Rio de Janeiro
Moradora do Leblon se recusou a passar código necessário para encerrar entrega e o acusou de agressão física, calúnia e invasão de propriedade


O iFood confirmou nesta quinta-feira (2) que uma moradora do Leblon, no Rio de Janeiro, foi banida do aplicativo após destratar um entregador. O caso aconteceu no domingo (26).
Breno Martins Caetano, que utilizava a plataforma para fazer a entrega, filmou os momentos após a mulher, identificada como Ana Fefer, buscar o pedido, abrir o pacote, mas se recusar a informar um código numérico.
Conforme é possível verificar nas imagens, ela diz que não é obrigada a passar o código — o que está errado, pois ele é necessário para encerrar o serviço. O iFood esclarece que o número é uma medida de segurança tanto para os clientes como para os entregadores, tendo de ser repassado pelos clientes.
O motoboy contou à CNN que a mulher o acusou de agressão física, calúnia e invasão de propriedade, o que ele nega, ressaltando que imagens de câmeras de segurança podem comprovar sua versão.
A Polícia Militar foi acionada por Fefer, mas, conforme relatou Caetano, não puderam intervir no caso. Ela registrou a ocorrência, mas decidiu não representar criminalmente contra o entregador.
Ainda segundo a polícia, o fato relatado não configura infração penal.
Breno relatou à CNN que trabalha como entregador há cerca de seis meses e, desde novembro de 2022, utiliza o iFood. Essa foi a primeira vez que ele se envolveu em uma confusão deste tipo durante o trabalho.
“Naquele dia, desliguei o aplicativo e fui para casa. Estou com medo de fazer entregas. Aqui no Rio de Janeiro, quem tem dinheiro, tem poder. Estou trabalhando com o pé atrás, rodando por perto de casa”, disse Breno à CNN.
Sobre o banimento, o motoboy afirmou que achou justo, mas ressaltou que ainda está um pouco “preocupado”.
“Isso previne de outros entregadores futuramente de ser tratados da mesma forma que eu fui tratado ou pior. Eu acho justo”, avaliou.
Ele pontuou que é possível, entretanto, que ela faça outros pedidos, como através de alguma outra pessoa que envie um produto para o endereço Fefer.
A reportagem tentou contato com Ana Fefer, mas não obteve retorno até o momento.
*com informações de Bruno Laforé e Isabelle Saleme, da CNN