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    Não houve troca de acusações com governo federal, diz governador de Pernambuco

    Em entrevista à CNN, Paulo Câmara comentou tragédia que já deixou 106 mortos

    Elis FrancoRenata Souzada CNN , em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (31), o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), negou que tenham havido trocas de acusações do Estado com o governo federal, diante da tragédia causada pelas fortes chuvas que atingiram a região.

    “Não houve, por parte nossa, nenhum tipo de troca de acusações com o governo federal. Pelo contrário, no sábado nós já, de imediato, solicitamos apoio do Exército brasileiro e, de imediato, nós fomos atendidos”, afirmou.

    Na segunda-feira (30), Jair Bolsonaro (PL) sobrevoou as áreas afetadas pelos temporais e fez uma coletiva de imprensa. O presidente chegou a afirmar que seu governo “está sempre alerta para atender à população, em qualquer situação, independente de pedido de autoridades locais”.

    À CNN, Câmara afirmou que Pernambuco irá “procurar o governo federal sempre que for necessário, como nós procuramos, mas o embate vem de uma questão e de um ato político que o presidente fez ao chegar aqui”.

    Segundo o governador, a visita de Bolsonaro não teria sido comunicada oficialmente.

    As tempestades que atingiram o estado deixaram, até o momento, 106 mortos, mais de 6 mil desabrigados e 41 municípios afetados, de alguma forma, conforme informou o governador.

    “Nós estamos concentrados, agora, em seis pontos, em Jaboatão e no Recife, na busca desses desaparecidos. Nós não vamos medir esforços até encontrarmos todas as pessoas desaparecidas.”

    Em relação aos fatores que levaram à calamidade, Câmara não negou a responsabilidade das autoridades.

    “Em uma tragédia como essa, evidentemente que há responsabilidade de todos nós. O Poder Público tem que assumir, sim, suas responsabilidades. Tivemos uma chuva extraordinária, uma chuva que foi maior do que qualquer média mensal no mês de maio da série histórica. No entanto, há, evidentemente, um desordenamento urbano em várias cidades pernambucanas, brasileiras também”, disse.

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