Lançamento de foguete sul-coreano no Maranhão é adiado novamente
Segundo a empresa, será necessária uma inspeção técnica no funcionamento da válvula utilizada para o abastecimento do tanque de metano líquido do segundo estágio do foguete
O lançamento do foguete sul-coreano no Maranhão foi mais uma vez adiado. A empresa Innospace comunicou à Força Aérea Brasileira (FAB) e à Agência Espacial Brasileira (AEB) que, por questões técnicas, não será possível prosseguir nesta sexta-feira (19) com a tentativa de lançamento do HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
A operação aconteceria às 21h30, com transmissão ao vivo. De acordo com a empresa, será necessária uma inspeção técnica no funcionamento da válvula utilizada para o abastecimento do tanque de metano líquido do segundo estágio do foguete.
Inicialmente, a decolagem deveria ter ocorrido às 15h34. Porém, segundo a empresa, um problema de energia ocorreu no local e precisou de um novo horário. Uma nova tentativa, dentro da janela de lançamento que se estende até o dia 22 de dezembro, ainda será definida em conjunto entre a Innospace, a FAB e a AEB.
Entenda por que lançamento de foguete do Maranhão foi adiado
A base de Alcântara tem uma posição geográfica privilegiada, principalmente por estar localizado próximo a linha do Equador. “Temos um potencial muito grande desperdiçado ao longo das últimas décadas, que hoje é um problema em relação a outros países, como EUA, Rússia, China, Índia, entre outros”, Pedro Pallotta, divulgador científico e especialista no tema espacial.
Em março de 2023, a Innospace, lançou o primeiro foguete, de forma experimental, durante a Operação Astrolábio, também realizada no Centro de Lançamento de Alcântara , sob coordenação da FAB.
Na ocasião, foi validado o desempenho do motor foguete híbrido de 25 toneladas de empuxo. O teste confirmou o desempenho do sistema de propulsão em voo, comprovou a maturidade técnica da solução híbrida e estabeleceu as bases para o desenvolvimento de veículos mais complexos.
Detalhes da missão
O objetivo central da Operação Spaceward é o transporte de cinco satélites e três dispositivos experimentais para a órbita baixa da Terra. As cargas úteis foram desenvolvidas por instituições e empresas do Brasil e da Índia.

A operação atual é fruto de um edital de chamamento público de 2020, que resultou na assinatura de contrato entre a Innospace e o Comando da Aeronáutica em 2022.
A escolha do Maranhão para a base de operações deve-se à posição geográfica privilegiada de Alcântara, localizada próxima à Linha do Equador, o que favorece a economia de combustível em lançamentos espaciais.
Segundo especialistas, a missão consolida a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos privados.


