Passageiro é preso após falsa ameaça de bomba em voo em Belém

Homem disse ter explosivo em tom de "brincadeira"; aeronave foi evacuada e voo cancelado

Giovanna Machado, da CNN*, em São Paulo
Atitude causou cancelamento de voo e mobilizou equipes de segurança no Aeroporto Internacional de Belém  • Reprodução: Aeroporto Internacional de Belém/PF
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Um voo da Azul Linhas Aéreas precisou ser cancelado na tarde de sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional de Belém (PA) depois que um passageiro afirmou, já a bordo, estar levando uma bomba dentro de uma caixa.

A suposta ameaça levou ao acionamento imediato do plano de contingência da NOA (Norte da Amazônia Airports), concessionária que administra o terminal, e à mobilização de equipes de segurança.

Segundo a PF (Polícia Federal), mesmo após o homem dizer que se tratava de uma “brincadeira”, o alerta exigiu a aplicação de protocolos de segurança. O avião foi evacuado e o voo, que partiria de Belém para Marabá, foi cancelado. O esquadrão antibombas da Polícia Militar do Pará participou da inspeção na aeronave e nas bagagens. Nenhum artefato explosivo foi encontrado.

Durante a revista, a PF apreendeu produtos usados em procedimentos estéticos sem comprovação de origem, que foram encaminhados para perícia. O passageiro foi levado à Superintendência da PF no Pará e autuado em flagrante pelo crime de atentado contra a segurança de transporte aéreo, previsto no Código Penal. O órgão reforçou que qualquer ameaça à segurança de voo, mesmo feita em tom de brincadeira, é considerada crime e pode levar à prisão.

Em nota, a NOA informou que o plano de contingência foi acionado imediatamente e que as demais operações do aeroporto seguiram normalmente, sem impactos em pousos e decolagens.

A Azul declarou que o protocolo de segurança foi adotado para inspeção da aeronave e das bagagens. Após liberação pelas autoridades, a companhia garantiu que os passageiros afetados serão reacomodados em um voo extra programado para este sábado (27) e receberão a assistência prevista na Resolução 400 da Anac.

A empresa lamentou os transtornos, mas ressaltou que medidas como essa são indispensáveis para garantir a segurança das operações.

*Sob supervisão de Carolina Figueiredo