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    Oito imigrantes devem ser impedidos de entrar ao Brasil, após nova medida do governo

    Quase 480 passageiros seguem retidos no Aeroporto Internacional de São Paulo, em, Guarulhos (SP); suposto caso de mpox foi descartado

    Guilherme Gamada CNN , São Paulo

    Após a nova medida do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) de restrição da entrada de imigrantes, oito passageiros chegaram ao aeroporto e aguardam análise sobre a “concretização do impedimento da entrada“, segundo a pasta.  A determinação passou a valer na segunda-feira (26) e impede a entrada de estrangeiros sem visto, quando a nacionalidade de origem exigir o documento para entrada no Brasil.

    O ministério entende que o número é substancialmente menor do que a média das últimas semanas e se aproxima do fluxo normal do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP). Até a noite desta terça-feira (27), 480 passageiros aguardam atendimento para recebimento de seus pedidos de refúgio na área de imigração, segundo a Secretaria Nacional de Justiça (Senajus).

    Até o momento, 344 pedidos de refúgio foram recebidos no mês de agosto no aeroporto — deste total, 68 apenas na segunda-feira (26). O novo entendimento do MJSP foi feito depois de a Polícia Federal (PF) ter apontado fraudes nos pedidos de refúgio.

    Com as novas regras, passageiros sem autorização não poderão embarcar e serão obrigados a retornar ao país de origem ou seguir para o destino final indicado no bilhete.

    Ed Fuloni, defensor público federal e membro do grupo de trabalho Migração, Apatridia e Refúgio da Defensoria Pública da União, expressou preocupação com a situação em entrevista à CNN no último sábado (24).“As pessoas passavam lá dias, semanas, com dificuldades de alimentação, com problemas para suas higienes básicas, problemas para dormir e assim por diante”, afirmou.

    Secretaria de Saúde descarta suspeita de mpox

    Um imigrante que estava retido no aeroporto  com sintomas compatíveis com mpox foi diagnosticado com varicela, infecção viral mais conhecida como catapora, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES) de São Paulo.

    O paciente está bem e segue em observação. Após um exame realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, o caso foi descartado para mpox. 

    A pasta ressaltou ainda que o homem não é natural de regiões endêmicas da doenção e reforçou que emitiu um alerta epidemiológico na última sexta-feira (23), orientando e recomendando a intensificação das ações de vigilância e assistência de casos de mpox.

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