Números em alta expõem quadro de violência e transfobia no Brasil
Maria Eduarda, Camilla, Bebê e, na última sexta (25), Roberta. No mês do orgulho LGBTQIA+, os casos de transfobia não cessaram. A indiferença a eles, também não. Depois que a transexual Roberta teve 40% do corpo queimado ao ser incendiada por uma adolescente no centro do Recife, a ativista Robeyoncé Lima chamou a atenção para o caso inicialmente pouco noticiado em suas redes sociais: “Uma pessoa é incendiada e isso não vira notícia? Ninguém sabe direito? Os corpos trans não só são violentados cruelmente, como essa violência é naturalizada”, escreveu. Roberta segue internada, em estado grave, e já precisou ter seus dois braços amputados por conta das queimaduras.
Neste episódio do E Tem Mais, Carol Nogueira fala sobre os dados alarmantes da transfobia no Brasil. A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) divulgou um dossiê no início deste ano mostrando que, em 2020, 175 travestis e mulheres transexuais foram mortas no país, um aumento de 41% em relação ao ano anterior. Amanda Souto Baliza, advogada e presidente da Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da OAB-GO, conversa com Carol Nogueira para explicar essa alta e também comenta a intersecção de vulnerabilidades que atingem mulheres trans negras e pobres. Ela também descreve os avanços e retrocessos em termos de políticas públicas voltadas para o combate da LGBTfobia.
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* Texto publicado por Diego Toledo